ENTREVISTA

Ciro diz que foi 'miseravelmente traído' por Lula e 'seus asseclas'

Ciro não declarou explicitamente voto em Fernando Haddad (PT) no segundo turno

Da editoria de Política
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Publicado em 31/10/2018 às 14:09
Foto: Thiago Gadelha / AFP
Ciro não declarou explicitamente voto em Fernando Haddad (PT) no segundo turno - FOTO: Foto: Thiago Gadelha / AFP
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Em sua primeira entrevista após voltar da Europa, para onde viajou no dia seguinte à derrota no primeiro turno das eleições presidenciais, Ciro Gomes (PDT) declarou ter sido "miseravelmente traído" pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e seus "asseclas". A entrevista foi publicada nesta quarta-feira (31) pela Folha de S. Paulo.

O ex-governador do Ceará alega que não pode ser chamado de traidor por não ter declarado apoio a Fernando Haddad (PT) no segundo turno. "A gente trai quando dá a palavra e faz o oposto", justificou.

Ciro reiterou o que já havia declarado anteriormente, que não pretende se aliar ao PT para qualquer campanha eleitoral. A mágoa de Ciro diz respeito à articulação feita pelo PT, que retirou o apoio do PSb a Ciro, deixando-o isolado no campo da esquerda. Para isso, o PT retirou, inclusive, a candidatura própria em Pernambuco, onde Marília Arraes disputava tentava disputar contra o PSB do governador Paulo Câmara.

Ciro também apontou a metralhadora giratória contra aliados próximos a Lula. De acordo com ele, o ex-presidente está cercado de bajuladores, listando entre eles a senadora Gleisi Hoffmann, também presidente nacional do PT; Frei Betto e o teólogo Leonardo Boff, que chegou a ser chamado de "bosta" pelo pedetista.

Ciro deixou em aberto a possibilidade de vir a disputar o Palácio do Planalto. "Quem conhece o Brasil sabe que afirmar uma candidatura para 2022 é mero exercício de especulação", afirmou.

GLEISI RESPONDE

A senadora Gleisi Hoffmann, presidente do PT, afirmou em sua conta no Twitter nesta 4ª feira (31.out.2018) que lamenta que o candidato ao Planalto pelo PDT, Ciro Gomes, esteja tão “irritado com seu resultado eleitoral insatisfatório”, mas que o PT entende é solidário às “dores” do pedetista.

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