O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) defendeu nesta quarta-feira (31) em seu perfil no Twitter, um posicionamento de crítica construtiva e "sem adesão oportunística" em relação ao governo do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL).
"Amanhã vou a Lisboa. Reunião do board da Fundação Champalimaud. Na próxima semana, Madri: Foro Ibero-americano. Por aqui só especulações sobre o novo governo. Melhor esperar e torcer para o Brasil dar certo. Com crítica construtiva, sem adesão oportunística", escreveu FHC na rede social.
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Nova divisão no tucanato
Como mostrou o jornal O Estado de S. Paulo, as declarações do governador eleito de São Paulo, João Doria, defendendo mudanças na executiva do PSDB e que o partido esteja na base do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), provocaram uma nova divisão no tucanato.
Liderança com o cargo eletivo mais expressivo dentro da sigla, o ex-prefeito prega uma nova "correlação de forças" interna e já conta com um time de aliados na Executiva Nacional da legenda, como o senador Cássio Cunha Lima (PB) e os deputados Antonio Imbassahy (BA) e Bruno Araújo (PE), este último cotado para substituir Alckmin no comando da legenda.
Enquanto Doria prega adesão ao próximo governo, Alckmin, cujo mandato como presidente do partido vai até dezembro de 2019, criticou Bolsonaro em seu perfil no Twitter por suas declarações contra o jornal Folha de S.Paulo. "Os ataques feitos hoje pelo futuro presidente à Folha de São Paulo representam um acinte à toda a Imprensa e a ameaça de cooptar veículos de comunicação pela oferta de dinheiro público é uma ofensa à moralidade e ao jornalismo", escreveu.