O PT reagiu com duras críticas à escolha do juiz Sérgio Moro como ministro da Justiça e Segurança Pública no governo de Jair Bolsonaro. Para o partido, Moro revelou "imparcialidade como juiz" após ter condenado o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e aceitado o convite do presidente eleito. "Sua máscara caiu", diz nota da Executiva Nacional da legenda.
Após o anúncio de Moro para o ministério, o PT afirmou que reforçará a campanha pela liberdade do ex-presidente e cobrou que o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) "paute imediatamente" o julgamento da representação protocolada pelo partido em 2016 depois da divulgação de conversas entre Lula e a ex-presidente Dilma Rousseff.
"O juiz que atuou tão fortemente contra Lula é o mesmo que beneficiou os verdadeiros corruptos da Petrobras e seus agentes, que hoje gozam de liberdade ou prisão domiciliar, além dos milhões que acumularam, em troca de depoimentos falsos, de claro cunho político", diz a nota.
'Estado policial no Brasil'
Para o PT, a indicação "é mais um sinal de que o futuro governo pretende instalar um estado policial no Brasil" por causa das declarações do vice-presidente eleito, general Mourão. Em entrevista à Folha de S.Paulo, Mourão afirmou que houve sondagem a Moro ainda na campanha eleitoral.