O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) afirmou nesta terça-feira (6) em coletiva de imprensa após sair do Comando da Marinha, em Brasília, que pode anunciar novos nomes para compor o futuro governo até sexta-feira (9). Ele também voltou a dizer que o quadro ministerial final pode contemplar 17 pastas.
De acordo com Bolsonaro, já há conversas sobre quem virá a ocupar os ministérios de Relações Exteriores, de Infraestrutura, de Agricultura e Meio Ambiente. Sobre estes dois últimos, ele disse que a tendência é não haver fusão.
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"O próprio setor do agronegócio nos procurou e nós repensamos a fusão. Não é recuo, não. Nós podemos ser convencidos do contrário", disse.
Bolsonaro disse também que, nas discussões sobre como compor a equipe ministerial, apenas um partido pequeno o procurou. "E eu descartei", afirmou. Ele enfatizou que quer nomear pessoas com capacidade técnica conhecida na área.
Sobre a possibilidade de o senador Magno Malta (PR-ES) ser indicado para a eventual pasta da Família, que irá abrigar diferentes secretarias e ministérios ligados a questões sociais, o presidente eleito se limitou a dizer que "é possível".
Gabinete de Segurança Institucional
Bolsonaro afirmou ainda que o general Augusto Heleno pode ser indicado para ocupar o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) "No que depender de mim, Heleno pode ir para o GSI", afirmou. "Vou pensar."
O general Heleno havia sido inicialmente indicado para o Ministério da Defesa. Porém, como adiantou o jornal O Estado de S. Paulo, o desejo do presidente eleito é mantê-lo próximo ao núcleo duro do Palácio do Planalto. O chefe do GSI fica lotado no Palácio do Planalto.
Na mesma coletiva, quando perguntado se Heleno aceitaria ir para o GSI, o general se esquivou. "Também vou pensar", disse.
Para o presidente, caso Heleno seja deslocado para o GSI, "alguém da Marinha pode ocupar a Defesa".
Exército
O presidente eleito, que já esteve hoje no Ministério da Defesa e na Marinha, chegou nesta tarde ao Quartel General (QG) do Exército, onde irá se reunir com o comandante da Força, general de Exército Eduardo Villas Bôas. Bolsonaro usou uma entrada privativa, porque no momento chove muito na capital federal. Amanhã, ele deve se reunir com o comandante da Aeronáutica.