O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) já começou a discutir com aliados a estrutura que o Palácio do Planalto terá após sua posse, assim como a montagem do núcleo duro do seu governo, principal ponto de apoio para a tomada de decisões.
O núcleo, segundo o Estadão, deve contar com dois generais: Hamilton Mourão, vice-presidente eleito, e Augusto Heleno Ribeiro, um dos principais conselheiros de Bolsonaro. Além deles, estão os nomes dos ministros Paulo Guedes (Economia) e Onyx Lorenzoni (Casa Civil), o advogado Gustavo Bebianno e o líder ruralista Luiz Antoni Nabhan Garcia.
Augusto Heleno é cotado para assumir o comando do Gabinete de Segurança Institucional (GSI). Essa possibilidade, ainda em discussão, alteraria o quadro de indicações da nova Esplanada, pois Heleno havia sido anunciado como titular do Ministério da Defesa.
A ideia da possível mudança de cargo é permitir que o general reformado esteja constantemente ao lado de Jair Bolsonaro, visto que o GSI funciona um andar acima da sala presidencial no Palácio. Por outro lado, se estiver na pasta da Defesa, Heleno teria uma agenda específica para cumprir, exigindo viagens e compromissos relacionados às Forças Armadas.
Ainda não foi definido se o novo ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, integrará formalmente essa estrutura mais próxima ao presidente eleito. É certo, porém, que ele participará frequentemente das reuniões do novo governo.
Leia Também
Transição
Nesta segunda (5), foram publicadas 27 nomeações em edição extra do Diário Oficial da União para a equipe de transição, formada até agora apenas por homens. Destes, 22 foram indicados pelo gabinete de transição e cinco cedidos pelo governo Temer.
A estruturação da gestão Bolsonaro foi dividida em grupos técnicos: desenvolvimento regional; ciência, tecnologia, inovação e comunicação; modernização do Estado; economia e comércio exterior; educação, cultura e esportes; justiça, segurança e combate à corrupção; defesa; infraestrutura; produção sustentável, agricultura e meio ambiente; saúde e assistência social. Onyx Lorenzoni, nomeado ministro extraordinário da transição, ficará responsável por coordenar os trabalhos da equipe.