O presidente eleito Jair Bolsonaro reiterou nesta quarta-feira (7) a possibilidade de transferir a Embaixada do Brasil em Israel de Tel Avivi para Jerusalém. “Quem decide a capital do Estado é o respectivo Estado. Não vejo o porquê desta celeuma toda”, reagiu o presidente eleito, após reunião com o presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro João Otávio de Noronha, e o futuro ministro da Justiça, o juiz federal Sergio Moro.
A cidade de Jerusalém está no centro de confrontos e disputas entre palestinos e israelenses, já que ambos os povos reivindicam o local como sendo sagrado. Para evitar o agravamento da situação, os países consideram Tel Aviv como a capital administrativa de Israel e é lá que ficam as representações diplomáticas internacionais.
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Em dezembro do ano passado, no entanto, o governo do presidente norte-americano Donald Trump anunciou a decisão de transferir a representação norte-americana em Israel. Em maio deste ano, foi inaugurada a embaixada dos EUA em Jerusalém provocando reações e conflitos na região.
Proximidade
O presidente eleito também comentou a proximidade física da Embaixada da Autoridade Nacional Palestina do Palácio do Planalto. Uma área destinada a representações diplomáticas estrangeiras fica a 3 quilômetros de distância do Palácio do Planalto. “Ainda vamos discutir este assunto. O problema ali é que ela [a embaixada da Palestina] está muito próxima do Palácio do Planalto. Nenhuma embaixada poderia estar assim tão próximo do presidente da República. Nenhuma.”
Prejuízos
Questionado sobre se a mudança da Embaixada do Brasil de Tel Aviv para Jerusalém não causaria prejuízos comerciais e econômicos, o presidente eleito negou a possibilidade.
“Ninguém quer perder negócios. Prematura é qualquer retaliação, de uma parte ou de outra, por uma coisa que ainda não aconteceu, mas pode acontecer.”
*Com informações de Alex Rodrigues