Em clima de transição de governo, o presidente da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), José Robalinho Cavalcanti, utilizou o novo cargo do juiz Sergio Moro para prestigiar o novo momento vivido no País, em entrevista concedida à Rádio Jornal, na manhã desta quinta-feira (08). "O ministro Sergio Moro vem com uma proposta para combater a corrução. O que o País tem que apoiar e entender é o que houve na Lava Jato foi apenas uma passagem. Esse novo momento do doutor Moro merece o apoio de todos nós", salientou.
Quando perguntado sobre os questionamentos dos partidos que encabeçam a oposição no Congresso, Robalinho explicou que as decisões de Moro foram embasadas juridicamente e que não houve qualquer falha. "Tanto a defesa do presidente Lula e dos outros (oposição) serão sem sucesso. As decisões de Moro sempre foram muito técnicas, embasadas juridicamente, não houve qualquer falha. O fato dele ter aceitado um cargo para vida, desafio pessoal difícil que merece respeito. Essa decisão de agora não interfere nas decisões passadas", cravou.
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AUXÍLIO-MORADIA
O presidente da ANPR também desabafou sobre o reajuste dos salários dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e do procurado da República, ainda comentou sobre o futuro do auxílio-moradia. "Nós sempre propusemos que retire o auxilio-moradia, vamos saber qual vai ser o o resultado que terá no futuro com relação a isso", explicou.
O reajuste altera o subsídio dos 11 integrantes do STF e da atual chefe do Ministério Público Federal, Raquel Dodge, de R$ 33,7 mil para R$ 39,2 mil e provoca um efeito cascata sobre os funcionários do Judiciário, abrindo caminho também para um possível aumento dos vencimentos dos parlamentares e do presidente da Repúblic
Robalinho ainda relembrou que, mesmo que o auxílio-moradia seja algo bastante criticado pela população brasileira, ela não fere a constituição. "É importante que as pessoas entenderem o auxilio moradia. A lei orgânica explica que garantido imoveis funcionais são garantidos ao juízes, é preciso respeitar isso", disse.
