O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) defendeu a escolha do deputado Luiz Henrique Mandetta (DEM-MS) como futuro ministro da Saúde do seu governo e disse que busca uma "saúde diferente". Embora Mandetta seja investigado pela Justiça, Bolsonaro destacou que ele ainda não é réu. Também disse que não o escolheu pelo partido, e sim pelo apoio da bancada e de entidades da área da saúde.
"Tinha uma só investigação contra ele, que é de 2009, se não me engano. Não deu nenhum passo esse processo. Ele nem é réu ainda. O que está acertado entre nós: qualquer denúncia ou acusação que vier robusta, não fará parte do nosso governo", disse Bolsonaro em coletiva de imprensa.
Investigado
Mandetta é investigado por suposta fraude em licitação, tráfico de influência e caixa 2 em contrato para implementar um sistema de informatização na saúde em Campo Grande (MS), no período no qual foi secretário de Saúde da cidade.
Ministros do DEM
Questionado se o DEM, pelo fato de já ter três ministros no futuro governo, seria o seu principal aliado, Bolsonaro negou. Segundo ele, assim como ocorreu com Mandetta, a escolha da deputada Tereza Cristina (DEM-MS) para o Ministério da Agricultura ocorreu pelo apoio da bancada do agronegócio. Sobre Onyx Lorenzoni (DEM-RS), que será ministro da Casa Civil, justificou que é seu aliado de longa data, que o apoiou muito antes da eleição.
Bolsonaro falou com a imprensa após visita de cortesia aos ministros do Tribunal de Contas da União (TCU). Em seguida, deixou o local para visitar a procuradora-geral da República, Raquel Dodge. Ele deve passar a semana em Brasília para trabalhar ao lado da equipe de transição na capital federal.
CGU
Mais cedo, Bolsonaro anunciou que manterá no cargo o atual ministro da Transparência e Controladoria-Geral da República (CGU), Wagner Rosário. Os dois se reuniram logo após o presidente eleito chegar a Brasília, em uma sala da Base Aérea da capital federal.