A Comissão de Direitos Humanos do Senado Federal aprovou, mais uma vez, nesta quarta-feira (28), uma visita ampla ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), condenado e preso na Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba (PR). A data da visita ainda será informada.
A presidente da comissão é a senadora petista Regina Sousa (PT/PI). Desde o dia 7 de abril, Lula cumpre pena de 12 anos e 1 mês de cadeia por corrupção passiva e lavagem de dinheiro numa sala reservada na PF. Em abril, onze senadores participaram das diligências na cela do líder petista. Entre eles, estava a presidente do PT, Gleisi Hoffmann (PT/PR), e o pernambucano Humberto Costa.
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Durante discurso no Senado, nessa terça-feira (27), Gleisi Hoffmann disse que o presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), e seu futuro ministro da Justiça, Sérgio Moro, serão responsáveis por problemas de saúde que Lula possa vir a enfrentar na prisão. "O que querem é acabar com o Lula, o que querem é que Lula não sobreviva. Eu quero dizer desta tribuna: o que se pretende é que Lula morra. É isso o que estão fazendo. Essa promessa de Jair Bolsonaro, na Avenida Paulista, de deixá-lo apodrecer na prisão. E essa é a ação do Sr. Sérgio Moro, que não tem outra coisa na vida a fazer senão a sua vingança, seu ódio contra Luiz Inácio Lula da Silva", afirmou a senadora.
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PRISÃO
O ex-presidente Lula está em uma sala especial na Superintendência da Polícia Federal, de 15 metros quadrados, que era usada como alojamento para policiais federais de outras cidades. O requerimento para visitar Lula foi apresentado pelo senador Paulo Rocha, também do PT, para "verificar as condições físicas e psicológicas" de Lula.
Na sala, que fica no quarto andar e é isolada das outras celas, há uma cama simples, um banheiro adaptado, uma mesa e uma televisão, de acordo com a PF.