'DESMANCHE DE MAIOR FISCALIZAÇÃO'

Ministro do Trabalho teme desmanche na fiscalização com fim da pasta

O ministro do Trabalho e Emprego, Caio Vieira de Mello, disse que a extinção ''piora a condição social do trabalhador''

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Publicado em 04/12/2018 às 18:10
Foto: Valter Campanato/ Agência Brasil
O ministro do Trabalho e Emprego, Caio Vieira de Mello, disse que a extinção ''piora a condição social do trabalhador'' - FOTO: Foto: Valter Campanato/ Agência Brasil
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O ministro do Trabalho e Emprego, Caio Vieira de Mello, disse nesta terça-feira (4) que a extinção da pasta no futuro governo de Bolsonaro provocará um “desmanche” nas atividades de fiscalização do trabalho. “É um ato complexo, de uma repercussão social grande. É um desmanche de maior fiscalização, piora a condição social do trabalhador”, disse o ministro em entrevista a Rádio Nacional.

Vieira de Mello espera que Bolsonaro repense a decisão. “Eu espero que repensem. O Ministério do Trabalho é um órgão histórico. É um seio de direito social”. Ele acrescentou que o órgão foi “inteiramente saneado”. A extinção do MTE foi confirmada nessa segunda-feira (3) pelo futuro ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni.

Corrupção

Em meados deste ano, a Polícia Federal revelou um amplo esquema de corrupção dentro da Secretaria de Relações de Trabalho do Ministério do Trabalho, com suspeita de envolvimento de servidores públicos, lobistas, advogados, dirigentes de centrais sindicais e parlamentares.

A partir de janeiro do ano que vem, as atribuições do ministério serão divididas entre três pastas. Tanto as concessões de cartas sindicais quanto a fiscalização das condições de trabalho ficarão a cargo do Ministério da Justiça e Segurança Pública. Sob o guarda-chuva do Ministério da Economia e da Cidadania serão divididas as políticas de emprego, contemplando ações voltadas para o empregador e para empresários.

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