'Está difícil'

Bolsonaro sinaliza indefinição para o Meio Ambiente e Direitos Humanos

O presidente eleito, Jair Bolsonaro, também sinalizou que está indefinido o futuro da Funai

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Publicado em 05/12/2018 às 15:37
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O presidente eleito, Jair Bolsonaro, também sinalizou que está indefinido o futuro da Funai - FOTO: Foto: José Cruz/ Agência Brasil
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O presidente eleito, Jair Bolsonaro, indicou nesta quarta-feira (5) que ainda não escolheu os titulares para os ministérios do Meio Ambiente e dos Direitos Humanos. Também sinalizou que ainda está indefinido o destino da Fundação Nacional do Índio (Funai), hoje vinculada ao Ministério da Justiça, e que pode ser transferida para outra pasta. Mas, segundo Bolsonaro, a decisão mais difícil envolve o Meio Ambiente.

"Está difícil. Temos bons nomes, mas estamos procurando aquele que melhor se adapte àquilo que eu quero, ou seja, a preservação do meio ambiente sem prejudicar outras atividades [econômicas]", disse Bolsonaro após ser condecorado com a Medalha do Pacificador.

Mais uma vez, o presidente eleito criticou a legislação ambiental pelo ''excesso de exigências'' que acabam por dificultar o empreendedorismo no país. "Precisamos de segurança jurídica", disse.

Funai

Questionado sobre o futuro da Funai, Bolsonaro sinalizou que ainda está indefinido. “Vai para algum lugar, onde o índio receberá o tratamento que ele merece. O índio quer se integrar à sociedade, ele quer aquilo que nós queremos, energia elétrica, médico, dentista, internet, jogar um futebol, ele quer aquilo que nós queremos”, disse Bolsonaro.

Segundo Bolsonaro, os indígenas querem se integrar à sociedade urbana e comparou com o que ocorre na Bolívia, onde o presidente Evo Morales deverá concorrer ao quarto mandato.

“Na Bolívia, o índio pode ser presidente, aqui querem tratar como se fosse animal no zoológico, dentro de uma reserva. Eu quero tratar o índio como ser humano, como um cidadão, que explore sua propriedade, o subsolo, dê royalties disso, plante ou arrende sua terra para que seja plantada.”

Servidores da Funai enviaram uma carta ao ex-juiz Sergio Moro, confirmado para o Ministério da Justiça, na tentativa de evitar o remanejamento destacando a importância do órgão permanecer sob os cuidados do Ministério da Justiça. A preocupação se concentra em torno da demarcação de terras indígenas e garantias de direitos dos índios.

Direitos Humanos

Bolsonaro também disse que ainda não encontrou um nome de consenso para assumir o Ministério dos Direitos Humanos. "Ainda não tenho um nome confirmado. Temos indicações. Estamos aguardando um pouco mais, pois não podemos escolher um nome e, amanhã, dizer que o nomeado será outro".

Cargo de pernambucano

O empresário pernambucano Gilson Machado Neto (PSL) está comandando há 20 dias o grupo temático de Turismo no gabinete de transição, localizado no Centro Cultural Banco do Brasil, em Brasília. Amigo pessoal do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), o empresário, de 50 anos, admite que o seu nome está cotado para assumir a Secretaria-Executiva do Ministério do Turismo, que será chefiado pelo deputado federal Marcelo Álvaro Antônio (PSL-MG).

Em entrevista para o Blog de Jamildo, ele diz, contudo, que não tem nada certo sobre ser indicado ao cargo e que não integra a equipe por conta disso. “Estou aqui para ajudar. Eu acredito que o Turismo é a mola mestra da recuperação econômica do País”, disse.

Veterinário de formação, Gilson Neto tem sua atuação como empresário ligada ao setor turístico e é o primeiro nome do Estado a coordenar um grupo temático na transição. Ele chegou a se colocar como pré-candidato ao Senado nas eleições deste ano em uma chapa liderada pelo coronel aposentado Luiz Meira (PRP), que articulava à época sua candidatura ao governo do Estado. Os dois tiveram, contudo, suas postulações barradas pelos seus respectivos partidos.

O PSL acabou apoiando o senador Armando Monteiro Neto (PTB) e o PRP integrou a coligação do governador Paulo Câmara (PSB). O coronel Meira acabou concorrendo à Câmara Federal, já Gilson Neto não disputou nenhum cargo.

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