Prisão de Lula

'Temos muita esperança de que Lula saia da prisão antes do Natal', diz Gleisi

A fala da petista foi feita durante a Conferência Internacional em Defesa da Democracia, em São Paulo

Agência Estado
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Publicado em 10/12/2018 às 9:19
Foto: Miguel Schincariol/AFP
A fala da petista foi feita durante a Conferência Internacional em Defesa da Democracia, em São Paulo - FOTO: Foto: Miguel Schincariol/AFP
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A senadora Gleisi Hoffman, presidente do PT, disse nesta segunda-feira (10) esperar que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva seja libertado antes do Natal. "Temos muita esperança que Lula saia da prisão antes do Natal. Se isso não acontecer, estamos organizando um Natal com Lula", disse a senadora pelo Paraná, sem dar mais detalhes de como se daria tal saída - ou se entende que o ex-presidente poderia conseguir a prisão domiciliar.

A fala da petista foi feita durante a Conferência Internacional em Defesa da Democracia, realizada pela Fundação Perseu Abramo, em São Paulo. O evento contou com a presença do presidente da fundação, Marcio Pochmann, e de representantes da esquerda brasileira e estrangeira.

 

 

Haddad

O candidato derrotado à Presidência pelo partido, Fernando Haddad, era aguardado no primeiro painel do encontro, mas não compareceu. Segundo a organização, ele alegou ter um compromisso pela manhã e poderá participar de outro painel na parte da tarde.

Moro

A senadora e presidente do PT, Gleisi Hoffmann, refez duras críticas ao juiz Sérgio Moro, responsável pelo julgamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em Curitiba. Segundo Gleisi, Lula foi preso "sem provas" em meio a um Judiciário "de altíssimo grau de politização". "Isso é evidenciado pela nomeação de Moro para ministro da Justiça", disse, e emendou: "Sabemos que cargo de ministro é cargo político, não técnico. Ele aceitou isso e tenta dizer que é técnico", disse a senadora.

A fala foi feita durante a Conferência Internacional em Defesa da Democracia, realizada pela Fundação Perseu Abramo, em São Paulo. O evento contou com a presença do presidente da FPA, Marcio Pochmann, da presidente do PT, Gleisi Hoffmann, além de outras figuras políticas e representantes da esquerda internacional.

A senadora acrescentou que, com Moro à frente do Ministério da Justiça, "teremos um estado policial" no País. "E achamos que esse estado vai ser opressor a quem fizer oposição ao governo". Gleisi fez críticas também ao futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, chamado de "Chicago Boy" pela petista. "Teremos um estado opressor e a população submetida a um estado muito grave de proteção social", defendeu.

Na ocasião, a senadora destacou que a vitória de Jair Bolsonaro só foi possível pelo fato de Lula ter sido impedido de disputar o pleito. "Fernando Haddad fez campanha bonita, mas muito difícil, pois estávamos lutando contra uma fábrica de fake fews", disse a senadora.

Gleisi destacou que a campanha de Bolsonaro foi inspirada e coordenada por Steve Bannon, "homem do presidente americano Donald Trump". Marqueteiro, Bannon foi uma das principais cabeças responsáveis pela campanha vitoriosa de Trump na eleição norte americana.

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