O presidente eleito, Jair Bolsonaro, afirmou neste domingo (16) que o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, e o presidente de Cuba, Miguel Diáz-Camel, não serão convidados para a sua posse na Presidência da República por serem ditadores. Bolsonaro voltou a dizer que muitos profissionais cubanos do programa Mais Médicos eram agentes infiltrados e trabalhavam como escravos.
"Ele, Maduro, com certeza não vai receber um convite para a posse. Nem ele, nem o ditador que substituiu Fidel Castro.... Fidel Castro, não, Raúl Castro", afirmou Bolsonaro, em rápida entrevista concedida à imprensa ao parar em um quiosque, na Praia da Barra, na zona oeste, para tomar água de coco. Ao ser questionado sobre as razões, o presidente respondeu: "Porque é ditadura, não podemos admitir ditadura. O povo lá não tem liberdade."
Bolsonaro saiu de casa por volta das 15h para ir ao banco, segundo informou sua assessoria. Na volta, ele parou no quiosque para tomar água de coco. Tirou fotos com vários banhistas e cumprimentou eleitores, antes de falar com a imprensa.
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"Os cubanos foram embora por quê?", questionou, se referindo aos médicos cubanos. "Porque sabiam que eu ia descobrir que grande parte deles, ou parte deles, era de agentes e militares. E não podemos admitir o trabalho escravo aqui no Brasil com a máscara de trabalho humanitário."
Sobre a boa aprovação da população, Bolsonaro afirmou que "isso reflete com certeza o bom ministério escolhido". Segundo ele, a escolha dos ministros não seguiu um critério político, mas sim técnico. "Isso dá uma esperança para o povo."
"Mensalinho"
Bolsonaro encerrou a entrevista quando foi questionado sobre Fabrício Queiroz, o assessor de Flávio Bolsonaro, sob investigação do Ministério Público dentro de um esquema de "mensalinho" na Alerj.