O diretor-geral da Polícia Federal, Rogério Galloro, afirmou nesta sexta-feira (21) que a investigação sobre o atentado ao presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), ainda durante a campanha eleitoral, está avançada. "A investigação está bastante avançada, nós acreditamos que ela esteja 90% concluída", disse Galloro.
No dia 6 de setembro, Adélio Bispo de Oliveira foi preso após esfaquear o então candidato à presidência da República, que fazia campanha no centro de Juiz de Fora, Minas Gerais.
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Buscas em escritório de advogado
Nesta sexta-feira (21), a Polícia Federal fez buscas no escritório do advogado Zanone Manoel de Oliveira Júnior, que defende Adélio Bispo.
Segundo Galloro, a diligência cumprida agora pela PF é mais uma ação necessária para esclarecer o caso. Sobre o objetivo específico, o diretor da PF afirmou que não poderia se pronunciar, uma vez que a apuração corre em sigilo.
O agressor é réu na Justiça Federal de Juiz de Fora. O Ministério Público Federal o denunciou por violação ao artigo 20 da Lei de Segurança Nacional ("atentado pessoal por inconformismo político").
"Adélio Bispo Oliveira agiu, portanto, por inconformismo político. Irresignado com a atuação parlamentar do deputado federal, convertida em plataforma de campanha, insubordinou-se ao ordenamento jurídico, mediante ato que reconhece ser extremo", afirmou, na ocasião, o procurador Marcelo Borges de Mattos Medina.
Para o Ministério Público Federal, o esfaqueador pretendia "excluir Bolsonaro da disputa eleitoral de modo a determinar o resultado das eleições, não por meio do voto, mas mediante violência".
Bispo pode pegar uma condenação de até 20 anos de reclusão. A PF finalizou um primeiro inquérito ainda em setembro e concluiu que o homem agiu sozinho no dia do crime. Um segundo inquérito foi aberto para investigar os dados telefônicos e contatos mantidos pelo agressor antes do atentado.