Foi realizado neste domingo (30) o segundo e último ensaio na Esplanada dos Ministérios para a posse do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL). Assim como o último domingo (23), militares e agentes de segurança simularam o passo a passo para a cerimônia, porém, o dublê que interpretou Bolsonaro fez o trajeto da Catedral Metropolitana não usou o tradicional Rolls-Royce e fez o percurso em um carro fechado. O general Sérgio Etchegoyen, Ministro do Gabinete de Segurança Institucional, afirmou que ameaças são reais.
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“As ameaças são reais. Nós não temos o direito de descartar nenhuma delas. Todas serão neutralizadas. Sobre o uso do carro aberto ou fechado, ele complementa que a decisão será feita pelo chefe do Executivo. "A decisão do carro aberto ou fechado, que é uma coisa menor para uma festa tão grande, será decidida pelo presidente da república."
Neste domingo foi realizado o trajeto exato que será executado no dia 1° de Janeiro pelo presidente eleito. Diferentemente do primeiro, esse segundo ensaio foi fechado ao público e a esplanada foi bloqueada para passagem.
Ameaças
Segundo o delegado-chefe da 18ª Delegacia de Polícia em Brasilândia-DF, Adval Cardoso, no último dia 25, uma bomba foi encontrada em frente ao Santuário Menino Jesus de Praga em Brazlândia-DF, considerada um dos três maiores santuários do Brasil. "Se tivesse explodido, poderia ter causado uma grande tragédia”, afirma Adval.
Antimísseis e aviões de combate
Um forte esquema de segurança, incluindo equipamentos antimísseis, aviões de combate e um controle terrestre rigoroso foi montado para a cerimônia de posse, que está prevista para as 14h30. Ruas de Brasília ficarão fechadas ao público, que poderá assistir ao cortejo à distância.
Espera-se a presença de pelo menos 12 chefes de Estado e governo, entre outros representantes, mesmo número que veio ao Brasil para a posse, em 2003, do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, hoje preso.
Na ocasião atual, entre os presentes estarão o premier de Israel, Benjamin Netanyahu, e o secretário de Estado americano, Mike Pompeo.
Mais de 3.200 policiais, bombeiros e integrantes de Exército, Marinha e Aeronáutica farão parte do esquema de segurança. O Palácio do Planalto estima a presença de entre 250 mil e 500 mil pessoas na Esplanada dos Ministérios, por onde passará o cortejo presidencial.