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Fundação Joaquim Nabuco perde cargos técnicos

Ministro da Educação reduz estrutura do órgão, com corte de cargos que serão incorporados ao ministério, em Brasília

Sérgio Montenegro Filho
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Sérgio Montenegro Filho
Publicado em 11/08/2011 às 0:06
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O ministro da Educação, Fernando Haddad, decidiu retirar dos quadros da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) entre 25 a 30 cargos comissionados (o número correto não foi informado), que serão absorvidos em duas secretarias criadas recentemente pelo próprio ministério, em Brasília. Os cargos suprimidos dos quadros da Fundaj são todos de Diretoria e Assessoria Superior (DAS), com remunerações que variam de R$ 1.977 (DAS-1) a R$ 8.400 (DAS-5).

De acordo com o presidente da Fundaj, Fernando Freire, a iniciativa do Ministério da Educação não incide apenas sobre a autarquia que ele comanda. “O ministro Haddad solicitou os cargos à Fundaj e a várias outras entidades ligadas ao ministério em todo o País”, explicou, citando como exemplo o FNDE, Capes e Inep. Segundo ele, o acerto foi feito para que o ministro não tivesse que solicitar ao Congresso Nacional a criação de novos cargos para gerir a Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior e a Secretaria de Articulação com os Sistemas de Ensino, ambas criadas em maio.

Embora Fernando Freire demonstre tranquilidade ao falar sobre a redução dos cargos, a notícia causou preocupação entre os funcionários da Fundaj, que evitam tratar abertamente do assunto. Em reserva, há quem veja na atitude uma tentativa de “desmonte” da autarquia, lembrando que na época em que o ex-ministro da Justiça Fernando Lyra – antecessor de Freire – presidiu a Fundaj, o Ministério da Educação tentou transferir para Brasília cerca de 70 cargos comissionados, mas por resistência do próprio Lyra, terminou levando menos de 20.

O atual presidente, no entanto, minimiza o impacto da redução de quadros, garantindo que com uma reorganização de funções é possível à autarquia funcionar normalmente. “Não é o ideal (a redução), mas com certeza, isso não vai comprometer nossas atividades-fins”, conclui Freire.

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