Entrevista

Clima para reforma da Previdência mudou, diz Temer

Reforma da Previdência ainda não tem data prevista para votação na Câmara dos Deputados

Estadão Conteúdo
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Publicado em 16/05/2017 às 1:23
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Reforma da Previdência ainda não tem data prevista para votação na Câmara dos Deputados - FOTO: Foto: Agência Brasil
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O presidente Michel Temer voltou a salientar a importância da reforma da Previdência e disse ter certeza da sua aprovação, em entrevista exibida na noite desta segunda-feira (15) pela Rede Vida.

Apesar do discurso confiante, Temer disse que não há plano alternativo em caso de derrota da reforma no Congresso. "Parece que agora ou a (reforma da) Previdência é aprovada, ou então não tem governo. Não é verdade. Eu acho que a reforma da Previdência é fundamental e será aprovada com apoio do Congresso Nacional, mas não é o único fato que nós levamos adiante no governo", afirmou.

Para ir ao Senado, a proposta precisa da aprovação de três quintos dos 513 deputados, ou seja, 308 votos favoráveis. O Placar da Previdência, publicado pelo Grupo Estado, mostra que apenas 82 deputados apoiam a reforma. Os contrários são 225, segundo dados atualizados nesta segunda-feira.

"Neste momento, nós estamos trabalhando politicamente. Os partidos estão contando os votos e nós vamos ao plenário quando houver pelo menos os 308 ou mais votos contados. Eu acho que nós teremos (maioria) porque já mudou o clima, tanto na sociedade como no Congresso", afirmou.

Como exemplos de conquistas de seu governo, Temer citou a melhor relação do Executivo federal com os Estados e com o Congresso Nacional, além da aprovação do teto para as contas públicas.

Lava Jato O presidente também foi questionado sobre o instrumento de delação premiada, que vem sendo amplamente utilizado na Operação Lava Jato. Sem citar a construtora Odebrecht, Temer disse que "só uma empresa tinha 77 delatores, aí banalizou um pouco".

"A delação é algo importante, mas claro que é algo também excepcional. A pessoa vai chamar um delator para ter dados investigatórios, não dados condenatórios. As delações precisam ser confirmadas", reforçou.

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