COMISSÃO DA VERDADE

A versão do major Ferreira

Ex-major da Polícia Militar José Ferreira dos Anjos falou aos membros da comissão a portas fechadas sobre atentados durante a ditadura e se comprometeu em participar de uma audiência pública

Eduardo Machado
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Eduardo Machado
Publicado em 16/08/2012 às 6:29
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Em uma sessão fechada realizada na tarde dessa quarta-feira (15), a Comissão Estadual da Memória e Verdade Dom Helder Câmara ouviu seu principal depoimento até agora. O ex-major da Polícia Militar de Pernambuco José Ferreira dos Anjos falou por mais de quatro horas aos membros da comissão e se comprometeu a participar de uma audiência pública na próxima quinta (23), em local ainda a definir. O ex-major Ferreira falou sobre o atentado ao estudante Cândido Pinto, sobre o assassinato do padre Henrique e ainda deu nomes de militares pernambucanos que foram recrutados pelo DOI-CODI nas décadas de 60 e 70. Quatro membros da comissão estiveram presentes à sessão: os advogados Pedro Eurico, Humberto Vieira de Melo e Roberto Franca e a historiadora Socorro Ferraz.

O ex-militar negou participação nos crimes, mas assegurou que sabe quem praticou tanto a tentativa de homicídio contra Cândido Pinto, quanto a execução do padre Henrique. José Ferreira chegou a ser acusado pelo atentado contra Cândido, mas acabou não sendo denunciado por falta de provas.

Oficial de destaque da PM de Pernambuco nos anos 60 e 70, o ex-major foi um dos condenados em 1983 pelo assassinato do procurador da República Pedro Jorge Melo e Silva. O procurador investigava um esquema de fraude em empréstimos no Banco do Brasil de Floresta, no Sertão.

Leia mais na edição desta quinta-feira do Jornal do Commercio

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