PERNAMBUCO

MST desocupam Prefeitura de Lagoa Grande, no Sertão

Movimento deixa prédio do Executivo municipal após agendar reunião com o prefeito Dhonikson Amorim (PSB), prevista para esta quinta-feira (28)

Beatriz Albuquerque
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Beatriz Albuquerque
Publicado em 28/11/2013 às 6:51
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A Prefeitura de Lagoa Grande, no Sertão, foi ocupada na terça-feira (26), por integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), que reivindicavam a implementação de um projeto de irrigação, a construção de uma escola no Assentamento Catalunha e a inserção nos programas Luz e Água para Todos. Devido à ausência do prefeito Dhonikson Amorim (PSB), que estava em reunião no Recife, coube ao secretário de Planejamento e Administração, Cícero Torres, iniciar o diálogo com representantes do movimento. O prédio foi desocupado ontem, após ser agendada para amanhã, às 9h, uma reunião entre os líderes do movimento e o prefeito.

Por volta das 7h, cerca de 30 integrantes do MST ocupavam a prefeitura. O expediente encerrou mais cedo. A Polícia Militar (PM) foi acionada para conter os manifestantes e não houve registro de depredação ou enfrentamento. De acordo com a PM, o grupo foi recebido pelo secretário de Planejamento.

A ocupação ocorreu após uma série de manifestações lideradas pelo MST no Sertão. No dia anterior, cerca de 400 pessoas haviam bloqueado a BR-428, na altura do quilômetro 11. No último domingo (24), o grupo de trabalhadores montou acampamento na fazenda Bianchetti Tedesco, produtora de vinhos, sucos e uva na região. Desde o início da semana o MST segue solicitando, sobretudo, o projeto de irrigação e a construção da escola no assentamento.

Segundo a Superintendência do Incra no Médio São Francisco, o instituto já havia enviado o documento com as especificações sobre a área onde a escola poderá ser construída. “O que cabe ao Incra é determinar as áreas coletivas que serão cedidas, como as dos postos de saúde, igrejas e escolas. Isso nós já fizemos e enviamos para a Secretaria de Educação do Estado e do município”, explicou Karla Pereira, assessora do órgão em Petrolina.

As famílias do assentamento Catalunha foram cadastradas pelo Incra para participarem do Programa Nacional para a Reforma Agrária. O projeto de irrigação reivindicado pelo grupo está sob análise do Ministério da Integração. Outra exigência é a instalação de iluminação pública no assentamento, relativo ao programa Luz para Todos. De acordo com informações da superintendência do Incra na região, a listagem com os dados dos integrantes do MST assentados no Catalunha foi enviada para o ministério, que atenderá as solicitações por ordem de prioridade estabelecida pelo órgão federal.

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