O subsídio mensal de R$ 20 mil associado às verbas indenizatórias, de gabinete, além dos auxílios disponíveis para os deputados estaduais pernambucanos, não são suficientes para custear a atividade parlamentar dos representantes da Assembleia Legislativa. Penduricalhos são comuns na Casa de Joaquim Nabuco, onde todos os 49 deputados recebem verbas extras para cumprir suas funções. Seja na liderança do partido, na presidência de comissões ou na Mesa Diretora, os parlamentares têm à disposição verbas extras que variam de 60% a 100% das estruturas dos gabinetes.
Cada deputado pode ter até R$ 70 mil para custear suas equipes, mas esse valor é acrescido de um percentual que muda de acordo com a “função” que possui a mais na Casa. No caso do presidente do Legislativo estadual, deputado estadual Guilherme Uchoa (PDT), o percentual extra é de 100%. Ou seja, todos os meses o pedetista tem R$ 140 mil para bancar uma equipe formada por até 46 funcionários. Todos os demais membros da Mesa Diretora possuem as regalias, variando de 70% a 90%, a depender do cargo.
Os presidentes de comissões também são beneficiados com a cota extra. Para os dirigentes das comissões de Comissões de Constituição, Legislação e Justiça; Finanças, Orçamento e Tributação; e Administração Pública a verba extra é de 70% em cima do valor de R$ 70 mil. As presidências das demais comissões (com exceção da de Ética) têm à disposição 60% da estrutura de gabinete.
Os líderes e vice-líderes de partidos também são beneficiados com a cota extra. As lideranças partidárias, independente do tamanho da bancada, recebem 70% a mais da verba de gabinete para manter suas estruturas, enquanto os vice-líderes ficam com 60%. As mesmas regras valem para aqueles que lideram as bancadas de governo e oposição, ocupadas atualmente por Waldemar Borges (PSB) e Sérgio Leite (PT), respectivamente.
Dependendo do tamanho da bancada, o partido pode indicar até dois vice-líderes. Se a bancada tiver um ou dois deputados, um deles pode ser indicado como líder. Se for formada por três ou quatro parlamentares, é eleito um líder e um vice. E acima de quatro, é possível três deputados para ocupar os postos. O mesmo é utilizado como critério para as bancadas governistas e de oposição.