O Hospital Mestre Vitalino, que o ministro da Saúde Arthur Chioro irá inaugurar com o governador João Lyra (PSB) no sábado, em Caruaru, não irá funcionar plenamente. Quando abrir as portas para a população, no domingo (15), a unidade terá apenas o atendimento de emergência, o ambulatório de clínica médica, 40 leitos de UTI de adultos 31 leitos da enfermaria de clínica médica. As atividades equivalem a 30% da capacidade de atendimento do novo hospital.
Em até oito meses, serão instalados os serviços de pediatria, urgência clínica e cardiologia de alta complexidade. “Entre dezembro e fevereiro, o hospital estará em pleno funcionamento”, afirmou o governador em entrevista à Rádio Jornal, ontem pela manhã.
Segundo Lyra, o procedimento de instalar parcialmente as especialidades médicas já foi adotado nos hospitais Miguel Arraes, Dom Helder Camara e Pelópidas Silveira. Tais unidades, afirmou o governador, levaram até seis meses para entrar totalmente em funcionamento.
“Mas como é um hospital maior (o Mestre Vitalino), vai levar de seis a oito meses o funcionamento em sua plenitude. Ele é colocado em funcionamento por etapas, porque não pode, não deve, nenhum hospital ser colocado em sua plenitude. Nós temos um planejamento de seis a oito meses, são quatro etapas, entre dois meses a 70 dias, para implantação. A última parte que será implantada é a cardiologia de alta complexidade, porque na região, nós não temos esse trabalho”, justificou Lyra.
O investimento na unidade para construção e compra de equipamentos foi R$ 102 milhões. No entanto, o governo Estadual não especificou qual o montante enviado pelo governo federal e qual foi a sua contrapartida. A gestão do Hospital Mestre Vitalino ficará a cargo da organização social formada pela Fundação Altino Ventura, vencedora da licitação.
No mês passado, o governador João Lyra esteve em Brasília reunido com o ministro Arthur Chioro para garantir recursos para o funcionamento da unidade. O Hospital Mestre Vitalino estava previsto para inaugurar em março, no final da gestão de Eduardo Campos (PSB). Mas o ex-governador teria deixado a obra para Lyra cortar a fita, já que Caruaru é sua terra natal e seria uma forma de o atual gestor imprimir a sua marca.
