Legislativo

Oposições se unem para "desconstruir" governos do PSB

Bancadas na Alepe e Câmara definem plano de ação para contradizer socialistas e "mostrar o Recife de verdade"

Ayrton Maciel
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Ayrton Maciel
Publicado em 19/05/2015 às 5:00
Câmara do Recife/Divulgação
Bancadas na Alepe e Câmara definem plano de ação para contradizer socialistas e "mostrar o Recife de verdade" - FOTO: Câmara do Recife/Divulgação
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Desconstruir o projeto de governo do PSB no Estado e no Recife. As oposições na Assembleia Legislativa (Alepe) e na Câmara Municipal deram  novo passo, ontem, numa segunda reunião para  organizar a atuação articulada  das duas bancadas contra os governos socialistas. As oposições decidiram atuar em múltiplas  frentes e de forma compartilhada, elencando  mobilidade urbana, saúde, educação, segurança cidadã, obras inacabadas, combate às drogas e situação dos habitacionais do Recife como o foco estratégico da ação unitária que será repercutida nas duas Casas. 

Sob pressão  desde o início da gestão, o governador Paulo Câmara (PSB) poderá  ter um alívio no “sufoco”,   com a minoria na Alepe  incluindo o prefeito do Recife,  Geraldo Julio (PSB) – que a oposição considera esquecido – na rota das fiscalizações, cobranças  e críticas. A agenda está definida: um levantamento das  obras inacabadas na Capital, até a próxima semana,  vistorias no começo de junho  e, ainda na primeira quinzena,   audiência pública na Câmara para debater as paralisações. Quinta-feira (21), as duas bancada já promovem um Grande Expediente na Alepe, para discutir a mobilidade urbana.

Áreas de atuação foram distribuídas entre vereadores, como o líder da oposição Jurandir Liberal (PT, com transporte coletivo e mobilidade), Jairo Britto (PT,  educação e desmontagem  do  Orçamento Participativo), Marília Arraes (de saída do PSB, com segurança cidadã e combate às drogas) e Osmar Ricardo (PT,  situação dos servidores municipais). 

Os oposicionistas negam, mas a longo prazo a estratégia visa a eleição municipal de 2016. A bancada na Alepe considera a atuação da oposição na Câmara “acanhada” e desarticulada, o que estaria deixando Geraldo Julio sem  contraditório. 

“Vamos compartilhar a atuação (repercutir a cidade na Assembleia).  Fizemos um pacto de só tratar 2016  em 2016, porque cada partido tem seus interesses”, despistou Sílvio Costa Filho (PTB), líder  na Alepe ao final da reunião no escritório político de Jurandir Liberal. “O objetivo é mostrar a realidade do Recife, dividindo tarefas com os deputados”, destacou Liberal.

Atuando em múltiplas áreas as oposições querem causar efeito-surpresa, apontando “as  fragilidades” dos governos do PSB no Estado e na Capital, com eco nas duas Casas. “A oposição estava solta na Câmara, precisava de uma articulação. Só havia pressão sobre Paulo Câmara, enquanto Geraldo Julio estava distante disso. Vamos mostrar o Recife de verdade”,  revela um oposicionista sob anonimato.

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