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Oposição apresenta projeto para ter candidaturas avulsas à comissão do impeachment

Derrotada pelo STF, oposição quer votar medida no início de fevereiro para evitar chapa única governista

Paulo Veras
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Publicado em 19/12/2015 às 17:00
Lucio Bernardo Junior/Câmara dos Deputados
Derrotada pelo STF, oposição quer votar medida no início de fevereiro para evitar chapa única governista - FOTO: Lucio Bernardo Junior/Câmara dos Deputados
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Para tentar reverter pelo menos uma das decisões do STF, o deputado federal Mendonça Filho, líder do DEM, apresentou um projeto de resolução na Câmara para permitir o lançamento de candidaturas avulsas à comissão que debaterá o impeachment, além das indicadas pelos líderes partidários. A expectativa é votar o tema no início de fevereiro, antes da nova escolha do colegiado. “A decisão do Supremo torna mais difícil o impeachment. É indiscutível que o caminho é muito mais conflitado”, afirma Mendonça.

Por meio da sua assessoria, o deputado Jarbas Vasconcelos (PMDB), voz importante da oposição, classificou a decisão do STF como um retrocesso e disse que ela praticamente enterrou o impeachment, dando fôlego a um governo apodrecido. “Falam que o impeachment seria um golpe. Golpe é isso que vimos nesta quinta. Um golpe dado pelo Governo de forma bem estruturada e com a ajuda de uma instituição como o Supremo”, disparou.

Líder da Minoria na Câmara, Bruno Araújo (PSDB) minimiza o revés judicial, afirmando que um presidente da República perde o cargo por vontade popular e não porque a regra “teve um componente A ou B”. “Um governo que queria começar e acabar o impeachment em janeiro, vai ver ele se iniciar apenas após o Carnaval. Então, a presidente Dilma ainda vai conviver algumas semanas com esse tema”, lembra o tucano.

Um dos nomes que o PSB indicou para integrar a comissão, Tadeu Alencar discorda da visão do STF de que é uma prerrogativa do Senado julgar a admissibilidade do processo de impeachment, mas ressalta que é preciso deixar qualquer interpretação de lado e acatar a decisão da Suprema Corte. “É um procedimento diferente do que estava sendo planejado, estava posto, inclusive quando do julgamento do presidente Collor”, classificou.

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