Quem não conseguiu fazer o recadastramento biométrico do TRE-PE até esta quarta-feira (04), deve procurar o cartório eleitoral da sua cidade a partir da próxima segunda (09). Nesta quarta, último dia do prazo, as filas estavam grandes nos postos de atendimento do Recife e Olinda.
"Aguardamos muito que o eleitor comparecesse nesse mês de março, o que não aconteceu. Essas pessoas que não puderam ser atendidas, não poderão votar. É preciso buscar a regularização pós-eleição", explica a analista do TRE-PE Karla Andrade, coordenadora do posto do Centro de Convenções, em Olinda. Na cidade, 82,5% dos eleitores fizeram o recadastramento, totalizando 257,7 mil pessoas até a manhã desta quarta.
"Quem puder esperar, deve fazer o recadastramento após as eleições. Já quem tiver alguma dificuldade com o CPF, procure o cartório eleitoral para emissão de uma Certidão Circusntanciada, para dizer que tentou regularizar, mas não houve tempo hábil", acrescenta Karla. Quem não estiver quite com a Justiça Eleitoral, fica impedido, por exemplo, de tomar posse em concursos públicos e matricular-se em faculdades públicas. O cartório eleitoral de Olinda fica na Avenida Manuel Almeida Belo, nº 1091, em Bairro Novo.
No último dia do recadastramento biométrico, os eleitores enfrentaram filas longas. Também teve muita gente que não conseguiu ser atendido. No Forte das Cinco Pontas, que reúne os cartórios do Recife, a fila estava do lado de fora.
No posto montando do Centro de Convenções, para atender aos eleitores de Olinda, foram distribuídas 800 fichas logo no início da manhã. Foram 300 a mais que o número normalmente distribuído. No local, o atendimento foi ampliado e segue até às 21h. O número de atendentes também aumentou, principalmente na parte da tarde. Foram solicitados 44 militares, 33 pessoas a mais do que o normal.
Mesmo com a ampliação, teve gente que não conseguiu ser atendido. O vendedor Jailson Roberto da Silva, de 50 anos, disse que chegou no Cecon às 7h45. "Vim do Centro da Moda, me mandaram para cá dizendo que tinha ficha. Quando cheguei, quem estava na frente na fila, pegou. Mas fiquei sem. Não pude vir antes, devido ao trabalho", disse.
A dona de casa Edilene Rodrigues Lima, 58 anos, disse que fez o agendamento, mas o número do seu protocolo não foi encontrado. "Tentei várias vezes fazer o agendamento pela internet. Estava marcado há quase um mês", declarou. Ela também não foi atendida.
Quem conseguiu fazer o cadastramento, chegou cedo. A estudante Caroline Lopes, de 23 anos, foi ao Cecon às 5h. Terminou o atendimento por volta das 10h. "Tentei vir outros dias, mas estava sempre lotado", explicou.