Os candidatos de partidos que fazem oposição ao governo de Michel Temer (PMDB) aproveitaram o Grito dos Excluídos, realizado na manhã desta quarta (7) no Centro do Recife, para chegar perto do eleitorado. João Paulo (PT), Edilson Silva (PSOL) e Pantaleão (PCO), candidatos no Recife, além de Teresa Leitão (PT), postulante em Olinda, marcaram presença no ato, que saiu da Praça do Derby por volta das 10h e percorreu as avenidas Conde da Boa Vista e Guararapes, chegando à Praça da Independência. Todos abordaram o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) e engrossaram a campanha do “Fora Temer”.
“Temos a compreensão de que há um rompimento com a democracia com a presidente eleita e por isso o não reconhecimento do governo atual e a busca pela eleição direta”, disse João Paulo. O petista informou, ainda, que há uma expectativa da vinda de Lula para reforçar a campanha na última semana de setembro. O ex-presidente deverá fazer uma maratona por capitais do Nordeste, como Recife, Maceió, Fortaleza, Natal e Salvador. A princípio, Lula viria no dia 13, mas ele está com uma agenda nos Estados Unidos nesta data.
Para Edilson Silva, a iminência da votação da reforma da previdência deu mais força ao Grito este ano. “Ganhou uma força ainda maior, de resistência contra ataques brutais que estão tentando implementar contra direitos históricos do povo brasileiro. O direito previdenciário é um desses casos. O movimento como o Gritos do Excluídos este ano serve para fortalecer a luta popular e organizar o povo para resistir contra esses ataques”, afirmou.
Pantaleão destacou a movimentação popular contra Michel Temer. “O grito esse ano tem uma importância maior por conta do que nós vivemos no golpe em curso no País e, a partir desse grito dos Excluídos, desencadeia uma campanha pelo Fora Temer”, disse.
OLINDA
Teresa Leitão evidenciou que a organização de movimentos sociais poderá ajudar a combater o governo Temer. “Durante os 100 dias de interinidade, ele já fez o processo muito duro de retirada de direitos, e agora, como permanente, ele vai se achar no direito de fazer pior. É necessário que o povo esteja reunido, esteja nas ruas, não abaixe as bandeiras e traga esse debate para o que foi conquistado nesses anos pela força do povo, pelo diálogo com um governo democrático, e resista. Nossa palavra de ordem é resistência ao golpe para mostrar que esse governo não nos representa”, disse.