Cem Anos

Homenagens no Recife marcam centenário de nascimento de Arraes

Cearense, Miguel Arraes governou o Estado em três ocasiões e se notabilizou por suas ações sociais

Franco Benites
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Franco Benites
Publicado em 15/12/2016 às 20:23
Jarbas Araújo/Divulgação Alepe
Cearense, Miguel Arraes governou o Estado em três ocasiões e se notabilizou por suas ações sociais - FOTO: Jarbas Araújo/Divulgação Alepe
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O centenário de nascimento de Miguel Arraes, celebrado nesta quinta-feira (15), foi marcado por diversas homenagens ao ex-governador. Na Assembleia Legislativa, uma sessão solene reuniu Ana Arraes, filha do político cearense e ministra do Tribunal de Contas da União (TCU), o governador Paulo Câmara (PSB) e o prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), Renata Campos, viúva do ex-governador Eduardo Campos e diversas autoridades políticas. 

Na Câmara do Recife, Arraes foi homenageado também com uma sessão solene. A família foi representada por dois netos do ex-governador: a vereadora Marília Arraes (PT) e o advogado Antônio Campos, que disputou a eleição para a prefeitura de Olinda este ano. Já no Museu do Estado, houve o lançamento de livros e a inauguração da Exposição Miguel Arraes 100 anos.

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A homenagem na Assembleia Legislativa incluiu a entrega de uma medalha a 15 pessoas que tenham “relevantes serviços prestados ao Estado e ao País”. Entre os agraciados, Ana Arraes, Carlos Siqueira, presidente nacional do PSB, partido que foi presidido pelo ex-governador, e o radialista Geraldo Freire, da Rádio Jornal.

“Doutor Arraes é um político que foi três vezes governador de Pernambuco, que trabalhou para os mais pobres e melhorou a Educação, a Saúde. Ele sempre lutou com muita coragem e determinação. Exemplos como doutor Arraes fazem falta ao Brasil e a Pernambuco”, declarou Paulo Câmara.

Ana Arraes lembrou os momentos de dificuldade vividos pelo pai durante a Ditadura Militar e as ações que lhe deram a simbologia de um “mito” no interior do Estado. “Pernambuco ficou marcado como o primeiro Estado que pagou os direitos sociais ao campo. Isso Getúlio (Vargas) não tinha tinha feito”, afirmou, citando o chamado “Acordo do Campo”.

CRÍTICAS AO PSB

Já na Câmara Municipal, Marília Arraes afirmou que o avô “foi um dos maiores defensores da promoção dos Direitos Humanos na história recente”. Em seguida, criticou o PSB, partido do qual já fez parte até pouco. “O PSB não se importa com a história de Arraes. Traiu a história dele. A luta de Arraes não é propriedade de uma família ou de um partido”, disse, em um recado para dirigentes socialistas e familiares.

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