Nos últimos dez anos, o PSB de Pernambuco ampliou seu poder e prestígio, mas também viu sua trajetória ser marcada por denúncias de corrupção. Depois que morreu, Eduardo Campos teve o nome envolvido na operação Lava Jato junto com o senador Fernando Bezerra Coelho (PSB). A razão é um um suposto recebimento de propinas para abastecer a campanha de reeleição de Eduardo. Além deles, foram citados o ex-presidente da Copergás, Aldo Guedes, e o proprietário da aeronave que caiu com o pernambucano em 2014.
Um empresário foragido da operação Turbulência, como a investigação foi batizada, foi encontrado morto em um motel em Olinda, mas a polícia concluiu que não houve assassinato. Recentemente, Fernando Bezerra garantiu não temer o desenrolar das investigações sobre desvio de recursos e garantiu que provará sua inocência.
Além da Turbulência, outra investigação mira o PSB. Trata-se da operação Fair Play, responsável por averiguar um suposto superfaturamento na construção da Arena Pernambuco. Um desdobramento da Fair Play levou os nomes do governador Paulo Câmara, do prefeito do Recife, Geraldo Julio, de Fernando Bezerra Coelho e do deputado federal Tadeu Alencar, todos do PSB, ao STF.
A vereadora Marília Arraes (PT), prima de Eduardo e ex-integrante do PSB, cita essas operações para criticar o antigo partido. “Em Pernambuco, o epicentro da corrupção está no PSB e não no PT”, diz, ressaltando que as delações da Odebrecht vão atingir os socialistas estaduais. “A Arena Pernambuco foi uma ação dolosa. A operação Turbulência revelou que os investimentos que vieram para cá geraram desvio de recursos”, completa o deputado estadual Edilson Silva (PSOL), que faz oposição ao governo Paulo Câmara na Assembleia.
Futuro líder da bancada de governo na Assembleia, o deputado estadual Isaltino Nascimento (PSB) defende o partido. “As investigações são importantes, mas você só é culpado quando há provas. Vivemos um período policialesco e o tempo vai demonstrar que não há vinculação com atos de corrupção”, assegura.
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