O governador Paulo Câmara (PSB) estará presente nas duas agendas que o presidente Michel Temer (PMDB) terá em Pernambuco na próxima segunda-feira (30). O peemedebista irá a Floresta e Serra Talhada, ambas no Sertão, para ações nas áreas de Recursos Hídricos e Educação. Há, ainda, a possibilidade de Temer ir a Sertânia em vez de Floresta.
Nesta segunda-feira (23), o deputado federal Kaio Maniçoba (PMDB), que é de Floresta, comentou mais essa passagem de Temer por Pernambuco. No ano passado, o presidente foi à cidade e também esteve em Surubim, no Agreste.
"Pernambuco é um estado muito prestigado por Temer. O governo tem quatro ministros pernambucanos e hoje o Estado tem um volume muito maior de obras do que vinha tendo há um ano. Acho que o presidente Lula (PT) teve um olhar voltado para o Nordeste, mas desprestigiar o que o presidente Temer vem fazendo por Pernambuco é oposição por ser oposição", defendeu.
Apesar das declarações, Kaio deixou no ar algumas cobranças para o Governo Federal. "Não adianta ter só a transposição. É preciso alguns complementos e isso já foi passado ao presidente. Não acho justo uma transposição interia passar dentro de Floresta e agricultor algum ser beneficiado por essa água. Já coloquei isso para o presidente", afirmou.
O deputado federal, que é filho da ex-prefeita Rorró Maniçoba (PSB), reforçou que Floresta precisa ser beneficiada pela transposição do Rio São Francisco.
"Floresta era uma das cidades de maior produção de agricultura de melão e tomate. Devido à seca, diminuímos isso em quase 70%. A questão hídrica é a nossa sobrevivência. Se a gente conseguir jogar água da transopsição para a barragem do Jué e dela para o Riacho do Navio, a gente pereniza uma região e tem muito ganho para o município", disse.
SERRA TALHADA
Em Serra Talhada, Temer participará do novo campus do Instituto Federal do Sertão de Pernambuco. O peemedebista vai inaugurar o instituto ao lado do ministro da Educação, Mendonça Filho (DEM), e do prefeito da cidade, Luciano Duque (PT). O investimento na construção foi de R$ 15 milhões.
O ministro comentou o fato da agenda educacional ocorrer em uma cidade governada por um prefeito do PT, partido que perdeu a cadeira de presidente da República para o peemedebista.
"A visita a uma cidade governada pelo PT não foi algo programado, mas é positivo que o presidente vá inaugurar uma escola em uma cidade cuja gestão é do PT. Isso mostra que não há discriminação do governo federal", ressaltou.