A Polícia Federal (PF) divulgou na manhã desta terça-feira (31), em coletiva de imprensa, informações sobre a Operação Vortex, segunda fase da Operação Turbulência, deflagrada nesta segunda. Seis mandados de busca e apreensão e quatro conduções coercitivas foram cumpridos. O objetivo da operação é investigar uma empresa de construção e equipamentos pernambucana suspeita de transferir uma quantia no valor de R$ 159.910 para a empresa Câmara e Vasconcelos, investigada pela Operação Turbulência suspeita de paga pela aeronave que caiu em 2014 matando o ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos.
De acordo com o superintendente da PF em Pernambuco, Marcelo Diniz Cordeiro, a investigação foi iniciada em 2016 a partir de informação sobre uma possível irregularidade que foi detectada durante investigação da Operação Turbulência. Um novo inquérito policial separado foi instaurado, para investigar a empresa de construção. O nome da empresa não foi divulgado pela Polícia Federal. “A partir dessa desconfiança começamos a buscar novos elementos de prova, mais dados, inclusive em órgãos como TCE, TCU, CGU e também de bancos e pudemos detectar uma irregularidade, no mínimo muito suspeita, pela transferência desse valor”, disse.
A empresa de construção e equipamentos chamou atenção porque em julho de 20214 ela teria feito uma transferência bancária no valor de R$159.910 para a empresa Câmara e Vasconcelos. Dois dias depois, a Câmara e Vasconcelos transferiu o mesmo valor foi para a proprietária da aeronave de Eduardo Campos. A suspeita é que a conta sirva apenas para o repasse de dinheiro
Segundo Marcelo Diniz, a empresa pernambucana tem recebido recursos para várias obras, por intermédio de contratos firmados com o Governo do Estado. “As investigações nesse sentido são muito prematuras, mas esses contratos também serão investigados. A operação serviu para recolher tudo aquilo que possa comprovar a suspeita da PF”.
Investigação
A suspeita da PF é que a empresa tem uma relação muito próxima com partidos políticos e com dirigentes que ao longo dos anos tenham contribuído com contratados de órgãos públicos estaduais. Formas de retribuição também serão investigadas. “Também investigaremos o aumento de contratos, da ordem de R$ 87 milhões, com órgão públicos estaduais e com repasses de dinheiro do governo federal e o aumentou para repasse de campanhas eleitorais”, disse o superintendente da PF.
Os sócios da empresa, que prestaram depoimentos, poderão ser investigados por lavagem de dinheiro.