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Compesa e Cabo discutem municipalização do abastecimento de água

Prefeito da cidade, Lula Cabral, quer criar empresa para gerir o fornecimento de água e o saneamento

Da editoria de Política
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Publicado em 03/02/2017 às 15:44
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Prefeito da cidade, Lula Cabral, quer criar empresa para gerir o fornecimento de água e o saneamento - FOTO: Foto: JC Imagem
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O prefeito do Cabo de Santo Agostinho, Lula Cabral (PSB), e o presidente da Compesa, Roberto Tavares, irão se reunir na próxima semana para discutir a municipalização do abastecimento de água na cidade. Nesta semana, o prefeito afirmou que irá enviar para a Câmara de Vereadores um projeto de lei criando uma empresa municipal de abastecimento de água. 

A principal reclamação de Lula Cabral é que o Cabo tem quatro barragens - Pirapama, Gurjaú, Bita e Tabatinga - mas não recebe água regularmente. "No Cabo, não tem água. A gente fornece água para Boa Viagem, para Casa Forte, para Jaboatão e toda a área metropolitana de Recife, e, no Cabo, a 500 metros da barragem de Piarapama, a água chega cheia de barro. A Compesa não respeita a população do Cabo", disse Lula Cabral em entrevista à Rádio Jornal. 

O gestor lembrou que, há seis anos, a Compesa fez um contrato com a Compesa, que contratou uma parceria público-privada (PPP), que resolveria os problemas de abastecimento de água e saneamento da cidade. O contrato da Compesa com a Odebrecht Ambiental prevê o saneamento básico de cidades da Região Metropolitana do Recife num prazo de 35 anos. 

"Nós vamos operar o sistema de abastecimento de água e nosso saneamento básico, já que a PPP, ainda na época do governador Eduardo Campos, não saiu do papel", reclama o socialista. 

Lula Cabral disse, ainda, que está buscando financiamento do BNDES para realizar obras de abastecimento. Obras hídricas e instalações, como canos, serão indenizados, afirmou o prefeito.

"DESSERVIÇO"

"Nós queremos ter poder de resolver o problema de falta de água na cidade do Cabo, já que a Compesa presta um desserviço à nossa cidade. Nós temos manaciais. O povo do Cabo não admite mais esse tipo de tratamento que a Compesa tem com o Cabo de Santo Agostinho", declarou Lula Cabral. O prefeiro citou cidades do interior de São Paulo que já adotaram o sistema municipal. 

"Já fizemos diversas audiências públicas, inclusive com o presidente da Compesa, Roberto Tavares, mas não sai do papel. É só conversa, conversa. Não se resolve", acrescentou o prefeito. 

RESPOSTA

A assessoria de imprensa da Compesa afirmou que a empresa só irá se manifestar sobre o assunto após a reunião entre o prefeito e Roberto Tavares.

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