O advogado Antônio Campos, que diz estar sendo vítima de ameaças e de espionagem por membro da cúpula do PSB local com conivência de setores do governo Paulo Câmara, pediu nesta quarta-feira (15/02) que as investigações sobre o caso sejam remetidas à Polícia Federal. É que a mãe de Campos, a ministra do Tribunal de Contas da União, Ana Arraes, é citada em conversas gravadas de Romero Pontual, que estaria liderando a perseguição, conforme o advogado. Além disso, teria havido uma tentativa de violação do e-mail dela.
Ana Arraes noticiou a tentativa de invasão de seu e-mail num comunicado oficial à presidência do Tribunal de Contas da União, datado também desta quarta (15/02). Pede que o departamento de inteligência do tribunal investigue a extensão do acesso indevido, no sentido de garantir a segurança dela. Uma funcionária do escritório de Antônio Campos, já afastada no momento, está sendo investigada. Ela teria sido cooptada para a prática de “arapongagem”, objeto da denúncia, informa Campos.
Antônio Campos reforça acusações contra Romero Pontual
Nesta quarta-feira (15/2), Antônio Campos também ratificou a queixa na Delegacia do Cordeiro, reforçando acusações contra Romero Pontual, ex-presidente da Ceasa no governo Eduardo Campos e homem forte da cúpula do PSB local. O irmão de Eduardo já anunciou a saída do partido e diz ter sofrido a perseguição, com ameaças e espionagens, durante a campanha para prefeito de Olinda, no ano passado, na qual foi derrotado pelo professor Lupércio (SD), que tem em sua equipe pessoas indicadas pelo governador Paulo Câmara (PSB). O JC vem procurando Romero Pontual para ouví-lo sobre as acusações, mas não conseguiu ainda localizá-lo.