Segurança

Governador elogia PM e isenta Estado em assalto cinematográfico

Paulo Câmara afirmou que fatos como os dessa terça-feira não irão se repetir no Estado

Franco Benites
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Publicado em 22/02/2017 às 8:09
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Paulo Câmara afirmou que fatos como os dessa terça-feira não irão se repetir no Estado - FOTO: Aluisio Moreira/JC Imagem
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O assalto a Brinks Transporte de Valores nessa terça-feira (22) na Zona Oeste do Recife (leia mais em Cidades) abreviou uma agenda administrativa do governador Paulo Câmara (PSB) em São Paulo. O socialista chegou à capital pernambucana, nessa terça, por volta das 16h e às 19h, cerca de 15 horas após o roubo, deu as primeiras declarações sobre o assunto. No Palácio do Campo das Princesas, Paulo não apontou nenhuma falha do Estado em relação ao crime e rotulou a ação dos criminosos como um problema que atinge outras cidades.

O governador também isentou a gestão estadual ao criticar a empresa de transporte de valores e cobrar o governo federal, a Polícia Federal e o Exército. Por fim, garantiu que fatos como o de dessa terça não irão se repetir em Pernambuco.



Antes da entrevista começar, a assessoria do governador distribuiu aos jornalistas um apanhado de 17 páginas com reportagens sobre crimes semelhantes ao de ontem. “Brasil é o País mais perigoso do mundo para transporte de valor”, dizia a primeira reportagem, acompanhada na sequência por chamadas como “Empresa de valores é assaltada por grupo fortemente armado no interior de SP”.

Para reforçar que o assalto sofrido pela Brinks não é um fato isolado, o governador chegou à entrevista com números na ponta da língua.

“Me passaram que houve cerca de 12 ações no ano de 2016 similires as que ocorreram em Pernambuco”, disse.

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Em relação a Brinks, Paulo adotou um tom de cobrança.

“Vamos cobrar o bom funcionamento dessas empresas. O que a gente viu é que a empresa funciona de maneira precária. Isso não pode ocorrer. Vamos pedir à Polícia Federal que fiscalize essas empresas e cumpra seu papel”, declarou.

O governador chamou a atenção para o poderio dos criminosos, mas em nenhum momento culpou o serviço de inteligência das forças de segurança do Estado por não ter se antecipado à investida.

“São bandidos fortemente armados com armas contrabandeadas que não existem no Brasil. Ou seja, vieram de fora, passaram por nossas fronteiras. Temos que atuar de maneira federativa para evitar que entrem tantas armas no Brasil. Há um volume grande de explosivos, cujo controle é do Exército”, pontuou.

ELOGIOS

Ao falar da ação do efetivo policial do Estado, o governador foi só elogios.

“A gente tem que reconhecer que a nossa polícia está preparada para ações como essas. Foi rápida, profissional, corajosa e determinada e impediu um maior dano. Isso tem que ser colocado. Estamos preparados para enfrentar a bandidagem”, assegurou.

O governador ainda levantou a moral da tropa ao dizer que ontem foram realizadas ações no interior do Estado que impediram assaltos a postos bancários e caixas eletrônicos. Na sequência dos elogios, Paulo disse que as polícias Militar, Civil e Científica estão prontas para dar respostas “cada vez mais rápidas”.

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