EMPATANDO TUA VISTA

A Edilson, comandante da PM diz que não ordenou apreensão de fantasias

Fantasias de troça carnavalesca que critica PSB foram apreendidas por major da PM antes do Galo da Madrugada

Paulo Veras
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Paulo Veras
Publicado em 09/03/2017 às 19:30
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Fantasias de troça carnavalesca que critica PSB foram apreendidas por major da PM antes do Galo da Madrugada - FOTO: Foto: divulgação
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O comandante-geral da Polícia Militar (PM), Vanildo Maranhão, negou, em reunião com o deputado Edilson Silva (PSOL), presidente da Comissão de Cidania e Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), que a ordem para o major que apreendeu as fantasias da troça carnavalesca Empatando Tua Vista, que faz crítica às gestões do PSB, antes do desfile do Galo da Madrugada, não partiu do comando PM e que a Secretaria de Defesa Social (SDS) não tem envolvimento no caso.

Vanildo Maranhão não indicou, porém, de onde teria partido a ordem. E defendeu que é preciso esperar a conclusão do inquérito instaurado nessa quarta-feira (8) pela Corregedoria da SDS para apurar a conduta do major antes de avaliar que medidas serão tomadas.

No encontro entre os dois, no Quartel do Derby, o comandante da PM disse ter tomado conhecimento do fato pelas redes sociais, no próprio sábado, e que, de imediato, entrou em contato com o comandante do 16º BPM, o tenente-coronel Alexandre Menezes, que também negou ter dado ordem para as apreensões.

No próximo dia 15, Edilson tentará aprovar uma convocação na comissão para que o major seja obrigado a ir à Alepe explicar porque apreendeu as fantasias da troça carnavalesca e, eventualmente, a que ordens estava atendendo. O blog Ronda JC diz que, segundo policiais do 16º BPM, a ordem para a apreensão das fantasias teria partido do Centro Integrado de Comando e Controle de Pernambuco.

'CENSURA'

"O comandante foi muito firme no sentido de dizer que essa ordem não partiu do comando da PM. Com a palavra agora está o major. Nós teremos reunião da comissão no próximo dia 15, onde devemos apreciar a convocação do policial. Nós esperamos dialogar com ele para saber quem deu essa ordem", afirmou Edilson.

"Esse fato não pode apenas ficar no âmbito da corregedoria. Isso não é um problema apenas de um policial que estava sem uma identificação. Não é um problema de um policial que pode ter cometido um excesso ou outro da função. Isso é uma questão de censura, de natureza política, e por isso insistimos para que este caso seja elucidado. Censura a gente não suporta e não admitimos", defendeu o deptuado do PSOL.

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