Banco do Brasil, Caixa Econômica e Bradesco prometeram reabrir agências e pontos de atendimento que foram alvo de violência no interior. O caso mais grave é o do BB, que teve 68 unidades atacados nos últimos 14 meses. “É uma janela de tempo muito curta, por isso temos dificuldade para reabrir. Mas não pretendemos deixar de prestar o atendimento à população”, explicou Luiz Fernando Ferreira Martins, gerente da Diretoria de Segurança do banco.
Em Pernambuco, o BB tem 21 agências fechadas. Outras 36 estão com atendimento parcial. As unidades não devem estar operando até amanhã, como pede o Procon. A empresa pretende explicar ao órgão o que está fazendo e pedir uma dilatação do prazo. “A conclusão depende da investida. Em alguns casos, são necessários apenas reparos rápidos. Mas existem casos em que o prédio terá que ser reconstruído”, explica.
Segundo Saulo Pessoa, gerente regional de segurança da Caixa Econômica, apensa duas agências ainda não operam na totalidade, mas retornarão até amanhã: em Bonito e Buíque. Por ora, elas realizam atendimentos sem caixa e emissão de cartões. Gerente regional do Bradesco, Cristomerys Valeriano diz que apenas dez pontos de atendimento do banco estão desativados e todas as agências atingidas operam mesmo que parcialmente. A promessa é que todos serão recuperados.
INVESTIMENTOS
Em resposta as cobranças do governo, representantes dos três bancos apresentaram investimentos que têm feito em segurança. BB e Bradesco disseram que trabalham para ampliar o número de caixas eletrônicos com equipamentos que inutilizam cédulas. A CEF, que utiliza cortina de fumaça para evitar a atuação de quadrilhas, aguarda regulamentação federal para instalar mecanismos que dilaceram ou queimam notas.
João Rufino, do Sindicato dos Bancários, ressaltou que as empresas fornecem dados sobre o modus operandi das quadrilhas e filmagens. Embora tenha criticado a instalação de pontos de atendimento em locais pouco estruturados e a falta de vidros a prova de balas, Rufino também cobrou que a polícia use inteligência para impedir os assaltos, ao invés de “correr atrás de bandido”.