Filiação partidária

Deputado elogia Paulo Rubem no PSOL: como se fosse Neymar no Flamengo

Chico Alencar, do PSOL-RJ, também comentou sobre polêmica com Aécio: 'as ideias devem brigar, as pessoas não'

Franco Benites
Cadastrado por
Franco Benites
Publicado em 13/03/2017 às 19:53
Guga Matos/JCImagem
Chico Alencar, do PSOL-RJ, também comentou sobre polêmica com Aécio: 'as ideias devem brigar, as pessoas não' - FOTO: Guga Matos/JCImagem
Leitura:

De passagem pelo Recife desde sábado, o deputado federal Chico Alencar (PSOL-RJ) celebrou a filiação do ex-deputado federal Paulo Rubem Santiago ao quadro psolista. O carioca se referiu ao agora colega de partido como um "irmão" e cobriu o ex-integrante do PT e PDT de elogios.

"O Paulo Rubem, que conheço há tempo tempo, é um irmão, um amigo, um lutador, um baita formulador, é um tremendo quadro político, é um reforço, é quase como se o Neymar resolvesse jogar no meu Flamengo", disse, com bom humor.

Paulo Rubem Santiago se filiou ao PSOL na noite desta segunda-feira e Chico Alencar foi um dos integrantes da bancada federal convidados para o evento.

Chico Alencar sobre delação: 'Não pode achar que todo mundo é bandido'

Paulo Rubem chega ao PSOL e diz que será 'soldado' do partido

Paulo Rubem, agora no PSOL, terá Armando Monteiro, ex-aliado, como adversário

No PSOL, Joanna Maranhão diz ter pavor da 'onda' Trump e Bolsonaro

"Recebemos Paulo Rubem com a mesma alegria com que recebemos, há não muito tempo, Luiza Erundina (PSOL-SP), ex-prefeita em São Paulo, deputada de vários mandatos, e o jovem Glauber Braga (PSOL-RJ), originário da região serrana do Rio. Qualquer ser humano que tenha o ideal político, que não perca a mística da política, da transformação social, que tenha o sonho de uma sociedade justa e fraterna dentro de um caminho partidário, que não é o único, mas é importante, é extremamente bem-vindo", completou Chico Alencar.

'BEIJA MÃO' COM AÉCIO

Em entrevista ao programa Ponto Político, da TV JC, Chico Alencar falou sobre a expectativa da divulgação da "delação do fim do mundo" e comentou um episódio recente envolvendo o jornalista Ricardo Noblat, do Blog do Noblat, e o senador Aécio Neves (PSDB-MG).

Chico Alencar foi crucificado por ter comparecido ao aniversário de Noblat e por ter cumprimentado Aécio, com quem passou boa parte da noite conversando.

"Sou muito descontraído e brincalhão. O pessoal caiu (em cima), na internet, que é território livre, por uma brincadeira que fiz com Aécio. Foi uma cobrança forte, mas a gente estimula isso. Somos empregados de quem nos elege. Reconheço que poderia ser mais discreto. Poderia nem ter ido ao jantar, não era um compromisso inadiáavel. Em indo, poderia ter cumprimentado o Noblat e ido embora. Em ficando, poderia ser mais comedido", disse.

Apesar de ter gravado um vídeo se explicando aos eleitores (veja abaixo), Chico Alencar disse que não abre mão do diálogo com os opositores.

"Quero ter o direito de dialogar e conversar com o mais extremado inimigo político. O parlamento nos ensina isso. É o espaço do do contraditório. As ideias devem brigar, as pessoas não", afirmou. 

Ainda segundo Chico Alencar, as críticas fazem parte da vida dos políticos que têm mandato.

"A agressividade é aceitável. O que não pode é ter ofensa pessoal. Quem desanca, 'ah vocês são oportunistas', é da vida. Quem está na vida pública tem que se dispor a enfrentar chuvas, trovoadas, maledicências, má educação. O que não pode é baixar o nível a ponto de ficar xingando o outro. A internet é um fenômeno maravilhoso, mas te dá uma irresponsabilidade no anonimato, que permite falar as coisas mais violentas", opinou.

Últimas notícias