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Solução para concurso da Polícia Civil será ajustada com o MPPE

Secretaria de Defesa Social reuniu-se com o Cebraspe/Cespe e decidiu ajustar psicotécnico com o Ministério Público

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Publicado em 16/03/2017 às 17:41
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Secretaria de Defesa Social reuniu-se com o Cebraspe/Cespe e decidiu ajustar psicotécnico com o Ministério Público - FOTO: JC Imagem
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A solução definitiva quanto à avaliação psicológica dos candidatos aprovados no concurso das Polícias Civil e Científica de Pernambuco será construída junto ao Ministério Público Estadual, avisa a Secretaria Estadual de Defesa Social, que nesta quinta-feira (16/3) promoveu uma reunião técnica com representantes da instituição responsável pela aplicação das provas, Cebraspe/Cespe. A SDS garante que a conclusão será divulgada imediatamente aos candidatos e à sociedade, para “continuar mantendo a lisura e a isonomia dos processos”. Em meio ao aumento da violência no Estado, a expectativa era que o governador Paulo Câmara (PSB) nomeasse os novos agentes, delegados e peritos no segundo semestre de 2017.

As primeira provas do concurso foram aplicadas em meados de 2016 e no final de fevereiro de 2017 a 25° Promotoria de Justiça de Defesa da Cidadania da Capital recomendou à SDS e ao Cebraspe/Cespe que anulasse e refizesse o psicotécnico, em razão de irregularidades denunciadas e confirmadas, como o uso de cadernos de provas riscados, marcados ou rasurados, entregues a parte dos candidatos.

O Estado resolveu seguir a determinação, o que desagradou os mais de dois mil aprovados nessa etapa. Nesta semana eles já fizeram manifestações em dois dias, inclusive nesta quinta-feira (16/03) e apresentaram seus argumentos ao Ministério Público e à SDS. Entre enles, de que as conversas em rede social sobre cadernos de resposta já preenchidos podem ter sido uma tentativa de forjar a falta de lisura do concurso e assim anulá-lo. Também lembraram que os cadernos rasurados foram observados apenas em testes para algumas categorias e que candidatos a outras não deveriam ser prejudicados.

"Não podemos liberar quebra de isonomia", diz promotora sobre concurso da Polícia Civil

“A promotora de Justiça Andréa Nunes Padilha pediu que a comissão registrasse uma petição com as alegações, anexando evidências, se possível, para que fossem analisadas e, se relevantes, serem base para alguma nova decisão”, informa o MPPE. “Esse é um concurso para pessoas que vão ingressar no sistema de Segurança e Justiça. Não podemos de forma alguma liberar uma quebra de isonomia, com candidatos levando vantagem sobre outros. Há conversas de WhatsApp onde existe gente rindo e se vangloriando de terem tido acesso a questões resolvidas”, comentou a promotora. “Recebemos aqui no MPPE diversos pedidos para impugnar esse mesmo concurso, inclusive a prova de aptidão física. Assistimos a vídeos do teste, nada de errado constatamos e indeferimos os pedidos. Mas o caso dos cadernos rasurados mostra a isonomia comprometida”, completou.

 

 

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