Um dia após o governador Paulo Câmara (PSB) se reunir com o presidente Michel Temer (PMDB) para conversar sobre a Reforma da Previdência, o tema voltou a ser assunto no Estado. Ao lado do chefe do executivo estadual, em Garanhuns, no Agreste, para um evento da gestão socialista, o senador Fernando Bezerra Coelho (PSB), conhecido como FBC, defendeu a reforma.
"As reformas têm que ser aprovadas. Temos compromissos com os trabalhadores rurais.A reforma tem que vir para sustar os privilégios dos políticos, dos juízes, dos promotores e daqueles que ganham muito e não em detrimento dos que ganham pouco, mas não dá para um país como esse continuar se aposentando com 50 ou 55 anos. É preciso ter coragem para que a gente possa dizer que as as reformas são necessárias para que volte a ter dinheiro para que a gente possa combater a violência e continuar dando a melhor educação para nossos filhos", afirmou Fernando Bezerra Coelho.
O governador falou sobre a reforma após o evento em Garanhuns e enfatizou que a conversa que teve com Temer, em Brasília, não pode ser a única sobre o assunto.
"Espero ter condições de mais diálogo para mostrar nossas opiniões. Esperamos que ela (a discussão sobre a reforma) ocorra de maneira mais equilibrada, com mais transparência e ouvindo mais as pessoas", disse.
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Paulo Câmara reiterou que espera a versão de uma nova proposta do governo para se posicionar.
"O presidente me disse que o relator da matéria (Arthur Maia, do PPS-BA) está ouvindo as bancadas e que quer ouvir os governadores. Que a gente tenha condições de saber exatamente o que vai ser votado. Espero que a proposta apresentada após esse processo de escuta seja uma proposta que a gente tenha condições de saber exatamente onde o governo cedeu. Vamos ver os pontos positivos que a gente pode defender e ver como vai vir esse texto e a partir dele vou conversar com as bancadas (federal e estadual)", declarou.
TRABALHADORES RURAIS
Assim como Fernando Bezerra Coelho, Paulo defendeu que o governo federal faça a Reforma da Previdência. O governador e o senador, no entanto, enfatizaram que as mudanças não podem penalizar os trabalhadores rurais e outros profissionais.
"Me custa acreditar que tem alguém que ainda diga que não há necessidade das reformas que o Brasil precisa fazer", reforçou o senador.