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Oposição faz cobranças sobre obras paradas de Geraldo Julio

Debates na Trinuna da Câmara marcaram os 100 dias do segundo mandato do socialista

Mariana Araújo
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Mariana Araújo
Publicado em 11/04/2017 às 6:34
Foto: Anderson Barros/Câmara do Recife
Debates na Trinuna da Câmara marcaram os 100 dias do segundo mandato do socialista - FOTO: Foto: Anderson Barros/Câmara do Recife
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Os cem primeiros dias do segundo mandato do prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), foram lembrados em tom de cobrança por vereadores da oposição, nessa segunda (10). O grupo usou as redes sociais para divulgar um vídeo em que são mostradas obras paradas ou em atraso, como habitacionais, o Teatro do Parque e outras ações na área cultural, além de melhorias na segurança. À tarde, o tema voltou à tona na sessão da Câmara Municipal.

Em uma atuação orquestrada, Marília Arraes (PT), Ivan Moraes (PSOL) e Rinaldo Júnior (PRB) revezaram-se na tribuna e nos pedidos de aparte para criticar a gestão socialista. Munida de informações, a líder do governo, Aline Mariano (PMDB), tentou rebater as acusações.

O primeiro a usar a tribuna foi Rinaldo Junior, que tratou da questão de segurança. O vereador lembrou que comandou uma audiência pública sobre o tema e que o secretário de Segurança Urbana, Murilo Cavalcanti (PMDB), não participou. Segundo o vereador, ele alegou que não compareceu porque estaria cuidando do Compaz. “Encontro um Recife que somente Geraldo conhece. O Recife do marketing, o Recife do PSB, o Recife das peças publicitárias”, disse. Em aparte, Ivan Moraes lembrou que a prefeitura tem colaboração na questão de segurança, como manter a iluminação pública e fazer o combate em grupos específicos.

Na tribuna, Ivan Moraes tocou, ainda, na questão da educação, citando a ação do Ministério Público que obriga a prefeitura a oferecer vagas de educação infantil. O vereador do PSOL falou também sobre a Rádio Frei Caneca, que, após anos de luta para que fosse implantada, tem uma programação apenas de música, sem informação pública.
Última a subir na Tribuna, Marília Arraes abordou a habitação. “O déficit habitacional do Recife chega hoje a 60 mil unidades. Essa gestão recebeu diversas obras iniciadas. Para tudo isso, foram recebidos recursos do governo federal para se acontecer esse abandono”, declarou. A petista citou obras como os habitacionais da Vila Brasil, na Joana Bezerra, Sérgio Loreto, no bairro de São José, e H-12, em Campo Grande.

Na sua fala, Aline disse que as críticas da oposição são “descabidas” e os ataques sobre obras atrasadas referem-se a equipamentos novos, como Compaz, Hospital da Mulher, Hospital Veterinário e os novos modelos de escolas de ensino infantil, os Cmeis. Aline sugeriu uma comparação entre as realizações de Geraldo Julio e de gestões anteriores do PT, com João Paulo e João da Costa. “Vamos para a comparação. O que foi feito na Educação, na Saúde, na área de Mobilidade e tantas outras, nesta gestão, e o que foi feito pelo governo do PT. Quero que possamos mostrar aqui os 12 anos do PT e todos os avanços que estamos vivenciando”, afirmou.

CLIMA TENSO

A sessão de ontem foi longa, em relação ao tempo médio das discussões, chegando a três horas de discussões. O clima entre oposição e governo começou a ficar tenso quando Marília Arraes negou um pedido de aparte de Aline Mariano. Em seguida, foi a vez de Marília acusar o vice-líder do governo, Wanderson Florêncio (PSC) de tirar-lhe o microfone para pedir revisão de quórum. O bate-boca atrasou o início da fala de Aline Mariano na tribuna.

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