Será realizado entre os dias 2 e 4 de maio o 2º Seminário de Direito Penal e Processo Penal em tempos de Lava-Jato, com a participação de advogados criminalistas que defendem acusados da operação. Dentre eles, Antônio Carlos de Almeida Castro, conhecido como “Kakay”, Alberto Toron e Nabor Bulhões. Em Pernambuco, um dos que mais se destacam é o advogado criminalista Ademar Rigueira, que representa o ex-presidente da Coperagás, Aldo Guedes, acusado de ser o interlocutor do ex-governador Eduardo Campos com a Odebrecht, Apolo Santana, investigado na Operação Turbulência e o empresário Mário Beltrão, investigado na Operação Satélite. O seminário ocorre entre as 18h às 22h no auditório do empresarial RioMar Trade Center, no bairro do Pina.
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O advogado Nabor Bulhões representa Marcelo Odebrecht e foi advogado do ex-presidente e atual senador Fernando Collor (PTC) durante o processo de impeachment. Antonio Carlos, o “Kakay”, defende, entre outros políticos, o senador e ex-ministro do governo Dilma Roussef (PT), Edison Lobão (PMDB), o senador da Romero Jucá (PMDB) e o ex-senador José Sarney. Alberto Toron defende Fernando Bittar, dono do sítio de Atibaia, que o ex-presidente Lula é acusado de ser o dono e já defendeu Ricardo Pessoa, dono da UTC Engenharia, também investigada na Lava Jato.
Também participam o jurista Geraldo Prado e os criminalistas Fábio Tofic, Yuri Félix, Talita Caribé e Alexandre Wunderlich. O evento é promovido pela União dos Advogados Criminalistas (Abracrim), com apoio do Instituto de Defesa do Direito de Defesa (IDDD), Instituto Brasileiro de Ciências Criminais (IBCCRIM) e a Escola Superior de Advocacia da OAB-PE (ESA-PE).
O objetivo do seminário é tratar sobre a situação da justiça criminal após os desdobramentos da Operação Lava Jato. Segundo o presidente da União dos Advogados Criminalistas, Carlos Barros, a operação tem causado alterações na aplicação da lei. “Há alguns desvirtuamentos da sistemática penal e das próprias garantias constitucionais e isso vai ser trazido à tona nesses debates, através de profissionais que tem a larga experiência na advocacia criminal e no meio acadêmico e que estão vivenciando essa operação no Brasil ao longo desses três anos”, explicou.
De acordo com Carlos Barros, é importante abordar os efeitos da Operação Lava Jato nos processos da Justiça Brasileira. “Serão discutidas essas celeumas que ocorrem no gozo da operação e que dela decorrem, porque essas questões críticas influenciam a condução de outros processos no país”.
Ingressos
Os ingressos do “2º Seminário de Direito Penal e Processo Penal em Tempos de Lava Jato” custam R$ 60 para associados da Unacrim e estudantes de graduação e R$ 120 para o público em geral.