Em discurso realizado na manhã deste sábado (20), no Diretório Municipal do PT, em São Bernardo do Campo (SP), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu a saída do presidente Michel Temer, eleições diretas no Brasil e o fim das reformas da Previdência e Trabalhista.
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Lula afirmou, ainda, que "o golpe" aplicado na democracia e na presidente afastada Dilma Rousseff está cada vez mais se tornando claro "como uma manobra que tinha por objetivo final subtrair direitos dos trabalhadores": "O tempo provou que o golpe foi contra o Povo. Aumentou a corrupção, aumentou o desemprego, aumentou a desilusão, caiu o salário…", disse.
O ex-presidente também foi citado na delação do empresário Joesley Batista, da JBS, por receber, junto com Dilma Rousseff, US$ 150 milhões em contas no exterior.
Críticas
Ao falar das reformas, o ex-presidente afirmou que estão promovendo uma "demolição" no País. "Estão limitando o acesso das pessoas às coisas que nós (os governos do PT) produzimos. Um governo (o atual) voltado para o mercado. Não se governa para o mercado, se governa para o povo”, ressaltou. Lula acusou a Rede Globo de "disseminar o ódio ao PT e abrir caminhos para aprovação das reformas."