O prefeito interino de Belo Jardim, o presidente da Câmara de Vereadores, Gilvandro Estrela (PV), será candidato a comandar o município do Agreste pernambucano até 2020. Vai disputar a eleição suplementar de 2 de julho, conforme ficou definido em convenção na noite desta quinta-feira (25/5). Terá como vice outro vereador, Jonas Torres, conhecido como Pitomba da Lotação, do Democratas. Os dois são do grupo do ministro da Educação, Mendonça Filho (DEM).
Leia Também
Estrela vai acumular a campanha com a gestão da cidade, o que é permitido pela Justiça Eleitoral. “O Tribunal Superior Eleitoral, na consulta 11872005, já afirmou que presidente de Câmara Municipal que exerce provisoriamente o cargo de prefeito não necessita desincompatibilizar-se para se candidatar a esse cargo”, explica a Secretaria Judiciária do Tribunal Regional Eleitoral.
“Não era sonho ser prefeito, mas vamos encarar esse desafio com seriedade”, comentou Estrela nesta sexta (26/5). Presidente da Câmara de Vereadores por dois mandatos seguidos, Gilvandro Estrela já foi aliado do ex-prefeito João Mendonça (PSB), que deixou o cargo na segunda (22/05), por determinação da Justiça Eleitoral (tinha condenação por improbidade administrativa). O agora prefeito interino e candidato ao cargo na eleição de julho rompeu com João Mendonça em 2015 e voltou para o grupo de Mendonça Filho, ao qual pertencia no início da carreira política.
Na eleição de outubro de 2016, o candidato do grupo do ministro foi Doutor Maneco, do Solidariedade. Além de Gilvandro Estrela, a próxima disputa terá Luiz Carlos (PSB), apoiado por João Mendonça, e Hélio dos Terrenos (PTB), com apoio do senador Armando Monteiro e dos ex-prefeitos Cintra e Cecílio Galvão.
Transição complicada em Belo Jardim
Gilvandro Estrela, no cargo de prefeito interino desde segunda (22/05), afirma que vem tendo dificuldade para ter acesso às contas do município. “Encontrei o hospital municipal sem médicos e na próxima semana posso ficar sem o transporte escolar”, diz. Ele acusa o antecessor de não ter feito a transição devida. “Já denunciei ao Ministério Público e ao Tribunal de Contas do Estado”, informou. O TCE anunciou na quinta-feira (25/05) uma auditoria para acompanhar a gestão interina na prefeitura.