SEGURANÇA PÚBLICA

Reduzir violência vira 'obsessão' de Paulo Câmara rumo a 2018

Mais de 2 mil homicídios só em 2017 fazem governo lançar ofensiva para reduzir violência

Paulo Veras e Marcela Balbino
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Paulo Veras e Marcela Balbino
Publicado em 28/05/2017 às 8:00
Foto: Wagner Ramos/SEI
Mais de 2 mil homicídios só em 2017 fazem governo lançar ofensiva para reduzir violência - FOTO: Foto: Wagner Ramos/SEI
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Obsessão. Essa é a palavra que tem sido usada por auxiliares do governador Paulo Câmara (PSB) para descrever a batalha pela redução da violência. Os mais de 2 mil assassinatos em 2017 são a prova de que a segurança pública se tornou o principal desafio administrativo do governador rumo a 2018. E o Palácio tem trabalhado diuturnamente para mostrar reação nessa área. “Não vou descansar nenhum dia, enquanto estiver no governo para melhorar a vida e a segurança dos pernambucanos”, prometeu Paulo Câmara na última semana.

Para 41,3% dos pernambucanos, a violência é o principal problema do Estado; mostrou uma pesquisa do Instituto Uninassau publicada pelo JC no início de abril. Desde então, o governo incluiu na pauta prioritária o lançamento de uma série de ações na área de segurança: a criação de um batalhão em Caruaru, o anúncio da compra de armas, veículos e de dois helicópteros, o projeto de criação do Bope e de duas novas Companhias Independentes em Araripina e Tamandaré.

homicidios

A mudança no programa de jornada extra de segurança (Pjes) é um capítulo a parte. Desde os anos 90, ele era fundamental para garantir o policiamento, já que permitia a policiais trabalharem nas horas de folga para receber um bônus no salário. Agora, 80% do recurso destinado aos Pjes será transformado numa gratificação por desempenho paga a mais de 4,5 mil PMs que não terão que trabalhar em horário complementar, mas precisaram cumprir parâmetros de metas ainda não definidos pela Secretaria de Defesa Social.

“Nós estamos lutando. É uma obsessão nossa, capitaneada pelo governador Paulo Câmara, o restabelecimento da sensação de segurança para os Pernambucanos. O que a gente espera em breve conseguir”, afirma o secretário de Planejamento, Márcio Stefanni, coordenador do comitê gestor do Pacto Pela Vida.

Além de promoções e do anúncio da convocação de mais 2,8 mil policiais militares, o governo ainda prepara uma série de ofensivas para turbinar as forças de segurança. A mais chamativa delas é o projeto de lei que deve instituir uma espécie de concurso permanente na PM. A ideia é criar uma lei que estipule a entrada de 500 novos militares todos os anos a partir de 2018. A regra permite a oxigenação da PM, evitando que se passasse muito tempo sem a realização de concursos, e garante a reposição da força de trabalho.

'VAMOS CONSEGUIR'

Na última semana, o governador sinalizou que tem discutido a melhoria do hospital da PM e a criação de uma unidade do colégio militar no Agreste. Sem adiantar propostas, o líder do governo na Assembleia Legislativa, Isaltino Nascimento (PSB), diz que o Executivo prepara um pacote com ações voltada para os policias e seus famílias, inclusive com atenção em relação as condições de moradia. Também se estuda a implantação de uma central de flagrantes em Caruaru.

Isaltino diz que os números da segurança se destoam diante dos resultados apresentados pelo governo em outras áreas. O índice de homicídios cresce desde 2014. “É a única muleta que a oposição tem para se segurar. A meta nossa é até o final desse ano eles não terem mais o que dizer do ponto de vista da gestão, da administração pública, do investimento e dos trabalhos”, afirma.

Para Stefanni, não preocupa a disposição da oposição de levar o tema até o debate eleitoral porque os resultados certamente aparecerão. “Nós vamos conseguir. Entendeu? Nós vamos conseguir melhorar esses números de homicídio e os crimes violentos contra o patrimônio.”

Com a chegada de novas motocicletas, o governo espera que a população e “os bandidos” vejam mais polícia nas ruas. “Esse não é um debate que vai nos amedrontar. Nós temos consciência do que fizemos. Certamente o ano de 2018 será melhor que o de 2017. Os próximos meses também”, afirma Stefanni.

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