Apesar de ponderar que o cenário político de 2018 está muito distante, o deputado federal Daniel Coelho (PSDB) defendeu nesta segunda-feira (29) que o futuro presidenciável do PSDB não deve responder a processos judiciais. A declaração do tucano ao programa Ponto Político, da TV JC, ocorre menos de uma semana após o senador mineiro Aécio Neves, presidente nacional licenciado do PSDB, ter sido afastado do cargo pela Justiça após ter sigo gravado em conversas com delator da JBS.
"Essa tem que ser uma premissa. O partido não deve colocar um candidato a presidente que esteja respondendo processos sobre a Lava Jato ou qualquer outra investigação. Para ser candidato tem que ter o nome totalmente limpo, até para ter a confiança da população", afirmou Daniel.
"Por isso eu defendo o julgamento rápido, até para a gente ter aí uma amplitude maior na possibilidade de escolhas, não só no PSDB, mas nos demais partidos", acrescentou o deputado federal tucano.
ELEIÇÃO INDIRETA
Na hipótese de uma possível eleição indireta após a queda de Temer, Daniel ponderou que o cenário ideal é que o nome não fosse filiado ao PSDB ou ao PT, legendas que polarizam a disputa política no Brasil, para tentar construir uma unidade durante um mandato tampão para superar a crise política.
"Mas não impede o PSDB ter um nome que construa consensos. O ideal seria um nome que fugisse dessa polarização e apontasse para o futuro. Mas sei que essa não é uma missão fácil", afirmou.