Eleição suplementar

Belo Jardim volta às urnas com eleitorado menor

Na nova votação para prefeito estão convocados 58,9 mil votantes, 1.118 a menos do que em outubro de 2016

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Publicado em 01/07/2017 às 20:57
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Na nova votação para prefeito estão convocados 58,9 mil votantes, 1.118 a menos do que em outubro de 2016 - FOTO: JC Imagem
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Com 58.944 eleitores aptos a votar _ 1.118 a menos do que em outubro de 2016 –, Belo Jardim, no Agreste de Pernambuco, volta às urnas neste domingo, nove meses depois das eleições municipais, para escolher novo prefeito. O eleito governará por três anos e cinco meses. A votação será das h às 17h, em 161 seções, e a expectativa é de que às 19h de hoje a apuração seja concluída. A diplomação está prevista para o final do mês.

Neste pleito suplementar, estão frente a frente dois adversários apoiados pela mesma família Mendonça, um, Luiz Carlos (PSB), pelo ex-prefeito João Mendonça, e o outro, Gilvandro Estrela (PV), pelo ministro da Educação Mendonça Filho. O terceiro, empresário da cidade, Hélio dos Terrenos, é o representante do PTB do senador Armando Monteiro e do ex-prefeito Cintra Galvão.
Lauro Santos, chefe do cartório da 45ª Zona Eleitoral, explica que a redução do eleitorado é um fenômeno natural: “É normal o eleitorado aumentar e diminuir, pois as pessoas transferem os títulos”.
A campanha, em um mês, foi marcada por excessiva judicialização, com média de 20 representações levadas ao juiz semanalmente. No último dia 22, numa caminhada de Gilvandro Estrela, da qual participava o ministro Mendonça Filho, uma briga de galeras resultou numa morte e deixou duas pessoas feridas. Por outro lado, a Justiça Eleitoral também chegou a suspender a programação de uma rádio local por causa de propaganda em desfavor de um dos candidatos. O Ministério Público moveu ação denunciando o prefeito interino, Gilvandro Estrela, por suposto uso do site do governo, para divulgar atos que poderiam se configurar campanha.
A falta de segurança no município foi tema no programa de governo dos concorrentes. Mas Belo Jardim sofre também dos efeitos da estiagem prolongada, tem problemas de saneamento e, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 50% da sua população ganha meio salário mínimo por mês.

Três candidatos disputam o mandato de três anos e cinco meses

Se vencer o pleito, Gilvandro Estrela (PV), que é natural de Sousa, na Paraíba, não poderá disputar um segundo mandato consecutivo. Ele assumiu desde maio o cargo de prefeito interino. Vereador, presidia a Câmara Municipal quando João Mendonça (PSB) perdeu o mandato por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A coligação de Estrela, União Por Belo Jardim, congrega seis partidos.
O outro concorrente, Luiz Carlos (PSB), eleito vice-prefeito em outubro de 2016, é natural do município, já assumiu várias secretarias e conseguiu mais três partidos na coligação Belo Jardim em Boas Mãos. Hélio dos Terrenos (PTB), o segundo mais votado na eleição passada, disputa dessa vez com o apoio de mais sete partidos na coligação Belo Jardim para Todos.

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