DEFESA TEMER

No Recife, advogado de Temer diz que há politização na análise do MPF

Advogado participa de evento sobre Direito Eleitoral e avalia que houve açodamento na análise do caso de Temer

Da editoria de Política com informações do repórter Paulo Veras
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Publicado em 06/07/2017 às 15:12
Foto: Amanda Miranda/Blog de Jamildo
Advogado participa de evento sobre Direito Eleitoral e avalia que houve açodamento na análise do caso de Temer - FOTO: Foto: Amanda Miranda/Blog de Jamildo
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O advogado de defesa do presidente Michel Temer (PMDB) Gustavo Guedes avalia que tem havido politização nas decisões do Ministério Público Federal na análise da denúncia de que o presidente da República cometeu crime de corrupção passiva.

De passagem pelo Recife, para participar do I Congresso Pernambucano de Direito Eleitoral, ele afirmou que houve "açodamento" de quem produziu a denúncia e fez críticas ao procurador da República, Rodrigo Janot.

"O comportamento do Ministério Público nos últimos meses tem revelado posicionamento político, por parte, especialmente, do
procurador-geral da República [Rodrigo Janot]. Na forma como se conduziu, no açodamento como se conduziu, essa denúncia, foram inquérito muito rápidos, denúncias incompletas", avaliou.

"Então, na minha concepção, esse açodamento conduz a isso. Quanto menos fato comprovado você tem, mais ilação você tem numa denúncia. Não há comprovação cabal, segura, que o presidente tenha participado de algum ato ilícito", afirmou Guedes.

DEFESA

A defesa de Temer foi escrita pelo advogado Antônio Claudio Mariz de Oliveira e entregue nesta quarta-feira (5) a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara. 

No documento de 98 páginas, além dos anexos, Mariz diz que a defesa de Temer é centrada "na negativa da prática do delito de corrupção". Gustavo Guedes é da equipe de Antônio Claudio Mariz e afirmou que não  iria comentar o conteúdo do documento entregue. 

Michel Temer se defendeu das acusações de corrupção e as chamou de "heresia jurídica". 

Acusado pelo procurador-geral Rodrigo Janot por corrupção passiva, Temer também é alvo de uma investigação por obstrução da justiça e participação em organização criminosa.

Primeiro presidente em exercício a ser acusado de corrupção, ele será indiciado se dois terços dos deputados (342 de um total de 513) decidirem pelo avanço do processo.

O presidente foi acusado de receber uma propina no valor de 500.000 reais da JBS por meio do seu homem de confiança, Rodrigo Rocha Loures, fotografado pela polícia pegando uma mala com o dinheiro antes de ser preso.

Seus advogados argumental que o presidente "não cometeu nenhum crime" e consideram que a "acusação não é fundada em provas".

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