Com o nome na bolsa de apostas para a disputa presidencial de 2018, o prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), defendeu que o ex-presidente Lula (PT) entre na disputa eleitoral do próximo ano para que saia derrotado das urnas. Na passagem pelo Recife, nesta sexta-feira (18), o tucano afirmou que a derrota do petista seria uma maneira de enterrar o "mito". Na capital pernambucana, o tucano recebeu homenagem no Lide e esteve ladeado pelos ministros Bruno Araújo (PSDB), Mendonça Filho (DEM) e Fernando Filho (PSB).
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"A Justiça comum e a eleitoral é que devem decidir se ele pode ser candidato. Eu, particularmente, defendo que seja candidato e perca. Que seja derrotado pelo voto nas eleições de 2018. Porque assim nós enterramos o mito. E depois o Luis Inácio será submetido ao juízo da Justiça. E caberá a Justiça decidir qual será seu endereço. Se será São Bernardo ou Curitiba", provocou o tucano.
Embora negue a candidatura, Doria sempre polariza com Lula nas respostas e seu nome cada vez mais surge como candidato "anti-lulista". Questionado sobre a posição, o prefeito afirmou que sempre criticou Lula, desde a época em que era dos meios empresariais.
"Os 13 anos do governo lulista e dilmista quase destruíram o Brasil. E, acima de ser prefeito de São Paulo, sou brasileiro. Então a minha voz não se cala pela condição de ser prefeito. Pelo contrário, ela ecoa pela condição de ser prefeito da maior cidade brasileira. O petismo fez muito mal ao Brasil", afirmou.
SEM PRÉVIA COM ALCKMIN
Cotado como opção no PSDB para disputar a Presidência da República, o prefeito de São Paulo, João Doria, rejeitou a possibilidade de vir a disputar as prévias do partido com o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, seu padrinho político, em entrevista à imprensa antes de um jantar com empresários no Recife. Doria disse ser um defensor das prévias, mas desconversou sobre ser um presidenciável. Por outro lado, garantiu não ter o interesse de deixar o PSDB.
"Essa é uma decisão da Executiva nacional do PSDB, que vai definir se nós teremos ou não prévias. O que eu posso antecipar e armar é que com Geraldo Alckmin eu não disputarei prévias.
Primeiro por lealdade, hombridade, respeito e amizade. É uma figura de grande proeminência no PSDB, meu amigo pessoal, e não há a menor hipótese de eu fazer uma disputa com o governador Geraldo Alckmin", afirmou Doria.