O secretário de Defesa Social, Antônio de Pádua, descartou qualquer possibilidade do governo convocar a Força Nacional de Segurança Pública para conter a criminalidade em Pernambuco. A declaração rebate o pedido desta quarta-feira (20) feito pela bancada de oposição para que o governador Paulo Câmara (PSB) solicite esse auxílio. Pádua foi categórico ao afirmar que ele não seria necessário. “Aqui em Pernambuco nós temos um policiamento suficiente para fazer a segurança. Nós agradecemos o oferecimento, mas realmente nós não necessitamos aqui em Pernambuco utilizar as Forças Armadas para a nossa segurança pública”, disse o secretário.
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Os índices de violência do Pacto Pela Vida, apesar de apresentarem melhora nos últimos tempos, continuam altos. Mas o estopim para a movimentação de cobrança ao governador Paulo Câmara (PSB) foram os últimos episódios de violência ocorridos na Zona Sul do Recife e em Caruaru no final de semana passado.
Os deputados estaduais Socorro Pimentel (PSL), Joel da Harpa (Podemos), Álvaro Porto (PSD), Augusto César (PTB) e Júlio Cavalcanti (PTB), liderados pelo líder da bancada, Silvio Costa Filho (PRB), entregaram o pedido no Palácio do Campo das Princesas, tendo sido recebidos apenas pelo setor de protocolo. O ofício é baseado em um comparativo entre os índices de violência entre Pernambuco e o estado do Rio de Janeiro, onde as Forças Armadas foram convocadas.
“Pernambuco tem 57 assassinatos para 100 mil habitantes, o Rio de Janeiro tem 40 mil assassinatos para 100 mil habitantes. Ou seja, Pernambuco é mais violento que o Rio de Janeiro e a Força Nacional está no Rio ajudando. Agora, falta o governador apresentar algo de concreto, tomar essa iniciativa, fazer um gesto de humildade aos pernambucanos”, disse Silvio Costa Filho.
Segurança
Antônio de Pádua, apesar de não ter recebido os oposicionistas, foi o porta-voz do governo estadual nesta quarta (20) em relação as cobranças ao governador sobre segurança pública, uma vez que eles estava cumprindo agenda em São Paulo. A prefeita de Caruaru, Raquel Lyra (PSDB) também esteve no Palácio. Pádua prometeu 3000 novos policiais militares e civis até março de 2018, além dos 1500 que irão para as ruas a partir de hoje. Assim como Paulo, ele admite que os números são ruins, mas diz estar trabalhando para reverter a situação.
“O governo não esconde realmente, nós temos os números altos, temos consciência disso e é por isso que a gente está trabalhando, trabalhando muito. Nos últimos três meses já sentimos a diminuição da violência, estamos fazendo ações próprias de policiamento integrado das policias e a resposta está ai, a diminuição e a continuidade dessa diminuição até o final do ano”, afirmou o secretário.