O ex-governador de Pernambuco e ministro de Educação, Mendonça Filho (DEM), afirma pode ocorrer uma frente ampla juntando alguns nomes que estão na oposição ao governador Paulo Câmara (PSB) na próxima eleição em 2018, como afirmou na entrevista concedida ao cientista político Antônio Lavareda no programa 20 Minutos que foi ao ar neste sábado (18/11) na TV Jornal. Ele não descartou a disputa por um cargo na chapa majoritária em 2018, quando ocorrerão eleições para presidente e governador. O programa pode ser conferido neste domingo (19/11), às 11h40, na Rádio Jornal e na segunda (20/11), na TV JC, às 8h30.
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Ao ser questionado por Lavareda se vai ficar junto com o governador na próxima eleição, Mendonça respondeu que esses caminhos serão definidos mais adiante. “O meu posicionamento hoje é de buscar alternativas para o futuro de Pernambuco”, disse. E acrescentou: “Primeiro, temos que discutir um projeto para Pernambuco. Depois, definir quem pode liderar (esse projeto)”.
Mendonça citou que podem estar juntos nessa “ampla frente” nomes como o atual senador Armando Monteiro Neto (PTB), Bruno Araújo (PSDB), João Lyra Neto (PSDB), o atual ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho (sem partido), o senador Fernando Bezerra Coelho (PMDB) e Daniel Coelho (PSDB), além do próprio ministro. Na eleição de 2014, o grupo político de Mendonça Filho estava junto com o PSB, partido de Paulo Câmara.
O ministro afirmou também que vai continuar apoiando a iniciativa de implantação das escolas integrais em Pernambuco. “É uma política de Estado, a qual está acima das disputas políticas”, revelou. As escolas integrais começaram a ser implantadas no governo Jarbas Vasconcelos (PMDB) no qual Mendonça Filho foi vice-governador entre 1999 e 2006. Mendonça Filho foi governador por nove meses em 2006.
REFORMA
Na primeira parte do programa, Mendonça Filho disse que a reforma do ensino médio será concluída até o primeiro semestre de 2018. Ele também revelou que o Fundo de Financiamento Estudantil (FIES) vai passar por uma reestruturação que vai garantir a sua sustentabilidade. “O aluno vai saber o valor global a ser financiado, que não poderá exceder o valor pactuado. Serão aplicadas taxas de juros menores”, revelou. Segundo Mendonça, o novo FIES terá zero de taxa de juros para 100 mil alunos de baixa renda e percentuais menores (de taxa de juros) para universitários que estão no Nordeste, Centro-Oeste e Nordeste.
O ministro afirmou que o conjunto da obra do PT “foi um fracasso” na área de educação nos últimos 13 anos. “O Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa) coloca o Brasil entre a 59ª e 66ª posições numa avaliação feita em 70 países”, citou. “A história do Brasil nunca foi muito exitosa no campo educacional do ponto de vista da política pública que gere equidade e igualdade de oportunidades para todos. Temos que corrigir isso”, defendeu.