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Está se encerrando o ciclo do PSB em Pernambuco, diz oposição na Alepe

Para Silvio Costa Filho, Pernambuco vive um 'desgoverno'. Isaltino Nascimento (PSB) rebate e diz que Paulo Câmara é um gestor 'eficiente e capaz'

Cássio Oliveira
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Cássio Oliveira
Publicado em 11/12/2017 às 17:29
Foto: Roberto Soares/Alepe
Para Silvio Costa Filho, Pernambuco vive um 'desgoverno'. Isaltino Nascimento (PSB) rebate e diz que Paulo Câmara é um gestor 'eficiente e capaz' - FOTO: Foto: Roberto Soares/Alepe
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Às vésperas do ato político para oficializar o projeto do grupo de oposição 'Pernambuco Quer Mudar', que inclui nomes do PTB, DEM, PSDB e PMDB, o líder da Oposição na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), deputado Sílvio Costa Filho (PRB), mostrou estar com o discurso afiado contra a gestão do governador Paulo Câmara (PSB). Para ele, está se encerrando um ciclo em no Estado, "o ciclo do PSB."

Com a presença dos senadores Armando Monteiro Neto (PTB) e Fernando Bezerra Coelho (PMDB), além do deputado federal Bruno Araújo (PSDB) e o ministro da Educação, Mendonça Filho (DEM) e outras lideranças partidárias, o ato da oposição ocorre nesta tarde no Paço Alfândega, no Bairro do Recife, na área central da capital. Para mostrar que estão alinhados, foram convidadas lideranças políticas de diversas partes do Estado. São esperadas cerca de mil pessoa no local.

"Tudo que for para debater os problemas de Pernambuco, me sinto muito à vontade de participar. Fazer oposição ao governo Paulo Câmara nos une e tenho colocado que não é o momento de discutir nomes e sim discutir o conteúdo. Temos que construir um novo pacto político baseado numa agenda programática para o Estado no sentido de melhorar a saúde pública, a segurança, resgatar o papel de liderança do nosso estado que foi perdido, tenho andado e é impressionante o desgoverno e como os problemas se acentuaram", afirmou Silvio Costa Filho.

Para o deputado, a oposição a Paulo Câmara pode fazer diferente nas áreas de segurança, "resgatando o Pacto Pela Vida, reabrindo o diálogo com a corporação, parcerias com prefeituras e governo federal e abrindo mesas de de negociação." Silvio ainda disse que Pernambuco não tem política econômica que visa o desenvolvimento com planejamento, com ações no sentido de valorizar a própria agenda econômica do estado. "Precisa de atenção ao polo farmacoquímico, gesseiro, ceramista, a piscicultura", comentou.

Para Isaltino, "Paulo Câmara está trabalhando"

Na contramão das afirmações de Silvio, o líder do Governo na Alepe, Isaltino Nascimento (PSB), afirma que Estado está trabalhando e ressaltou que o governador anunciou, hoje, o pagamento do décimo terceiro para próxima sexta-feira, dia 15. "O Governo está injetando R$ 1,7 bilhão na economia estadual somando R$ 850 milhões dos salários de novembro, pagos na semana passada, e mais R$ 850 milhões do 13º. Isso mostra que o Estado tem gestão, é bem administrado e estamos tranquilos em relação à pauta, tanto na questão política, como na gestão de paulo Câmara que é um gestor eficiente e capaz", comentou.

O socialista ainda fez a ligação do grupo de opositores com o governo de Michel Temer e disse que "alguns estão querendo esconder isso". "Tem uma série de demandas que precisam ser tratadas por quem está tentando se contrapor à nossa gestão. Primeiro é a união de várias pessoas que tem um pensamento ideológico favorável ao governo Temer, favorável à reforma trabalhista, favorável à reforma da Previdência, favorável à privatização do Rio Francisco, da Chesf e Eletrobras, uma série de apoios a um governo que tem a impopularidade muito grande, que aumenta combustível e gás", disse Isaltino.

"Lá atrás o próprio Eduardo Campos em 2014 apresentou candidatura e já defendia necessidade de reformas como previdência, tributária, pacto federativo, o PSB apresentou uma agenda nessa direção", rebateu Silvio Costa Filho.

Sobre a saída de partidos como o PV para a oposição, Isaltino destacou que o governo conta hoje com partidos que já estiveram no lado oposto em 2014. "Temos um arranjo político consistente, temos partidos como o PDT que não esteve na base de apoio político em 2014. Também havia discussão sobre o PP que vai estar conosco formalmente, temos partidos importantes como PCdoB, PSD, PSB e outros partidos que estão construindo e fortalecendo nossa gestão e estamos trabalhando com tranquilidade", comentou.

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