Falecimento

Morre aos 92 anos o ex-ministro Armando Monteiro Filho

O ex-ministro, pai do senador Armando Monteiro Neto, sofria de complicações no sistema respiratório e faleceu por volta das 6h em sua residência

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Publicado em 02/01/2018 às 9:30
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Atualizada às 13h58

O ex-ministro da Agricultura e empresário Armando Monteiro Filho faleceu na sua residência por volta das 6h na manhã desta terça-feira (2). Aos 92 anos de idade, ele sofria de complicações no sistema respiratório e estava com a saúde debilitada. 

O corpo de Armando Monteiro Filho será velado das 16h às 19h desta terça (3), na Capela Nossa Senhora das Graças, no Instituto Ricardo Brennand, bairro da Várzea. A partir das 20h, ele passa a ser velado no Cemitério Morada da Paz, em Paulista. Nesta quarta (3), às 10h, haverá uma missa no mesmo local. A cerimônia de cremação será às 11h. 

O governador Paulo Câmara (PSB) decretou luto oficial de três dias em Pernambuco pelo seu falecimento.

Trajetória política

Armando de Queirós Monteiro Filho nasceu em 11 de setembro de 1925 em Recife, capital pernambucana. Desde 1945, quando ingressou na Escola de Engenharia da Universidade de Recife, tinha participação na política universitária contra o Estado Novo. Chegou a se eleger deputado estatual pelo Partido Social Democrático (PSD), porém foi impedido de assumir o mandato por ser genro pelo governador eleito, Agamenon Magalhães. Já em 1946 conseguiu se eleger para a primeira suplência do cargo de deputado estadual.

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Armando Monteiro Filho e o seu filho, o senador Armando Monteiro Neto (PTB) - Arquivo / JC Imagem
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Armando Monteiro Filho recebe homenagem no Caxangá Ágape - Arquivo / JC Imagem
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Armando Monteiro Filho e o ex-governador Eduardo Campos - Arquivo / JC Imagem
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Armando Monteiro Filho, Maria do Carmo Monteiro e Fernando Henrique Cardoso (PSDB) - Arquivo / JC Imagem
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Armando Monteiro Filho, Maria do Carmo Monteiro e o ex-prefeito do Recife, João Paulo (PT) - Arquivo / JC Imagem
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Armando Monteiro Filho e o ex-vice-presidente Marco Maciel - Arquivo / JC Imagem
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Armando Monteiro Filho e o seu filho, o senador Armando Monteiro Neto (PTB) - Arquivo / JC Imagem
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Armando Monteiro ladeado pelo vice-governador Raul Henry e o ex-presidente do PSDB, Sérgio Guerra - Arquivo / JC Imagem
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Armando Monteiro ladeado deputado estadual Guilherme Uchôa e o ex-prefeito de Caruaru, José Queiroz - Arquivo / JC Imagem
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Armando Monteiro Filho e o presidente da Alepe, o deputado estadual Guilherme Uchôa (PDT) - Arquivo / JC Imagem
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Armando Monteiro Filho e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) - Arquivo / JC Imagem
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Armando Monteiro Filho e o vice-prefeito do Recife, Luciano Siqueira (PCdoB) - Arquivo / JC Imagem
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Armando Monteiro Filho e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) - Arquivo / JC Imagem
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Em 1951, foi nomeado secretário estadual de Viação e Obras Públicas, onde permaneceu até 1954, quando assumiu uma vaga aberta na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). Em 1954, foi o deputado federal mais votado do Brasil e se reelegeu em 1958. No seu segundo mandato, participou da elaboração do projeto que concebeu o Conselho de Desenvolvimento Econômico do Nordeste, que serviu de base para a criação da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene).

Em 1951, no governo de João Goulart, Armando Monteiro Filho foi nomeado para o Ministério da Agricultura. Uma das marcas da sua gestão na pasta foi Fundo Federal Agropecuário (Ffap). Com a renúncia do primeiro-ministro do governo Jango, Tancredo Neves, em 26 de junho de 1962, reassumiu sua cadeira na Câmara dos Deputados. Nas eleições para o governo de Pernambuco em 1962, disputou o cargo, mas ficou em terceiro lugar, no pleito que teve como vencedor Miguel Arraes. Encerrou seu mandato de deputado federal em 1963.

Durante o regime militar, com a extinção dos partidos políticos pelo AI nº 2 e a instauração do bipartidarismo, Armando Monteiro Filho se filiou ao PMDB, partido de oposição e chegou a concorrer ao Senado Federal em 1966, mas não alcançou o pleito. Após o fim do partidarismo em 1979, ele se filiou ao PDT. Só voltou a concorrer a um cargo público em 1994, quando buscou uma vaga de senador. Em 1998, deixou o PDT e ingressou no PMDB.

Genro do ex-governador Agamenon Magalhães, era casado com Maria do Carmo Monteiro, com quem teve cinco filhos.

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